sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Especialistas discutem armazenagem da produção agrícola do Paraná

Especialistas discutem armazenagem da produção agrícola do Paraná Especialistas discutem armazenagem da produção agrícola do Paraná 01/11/13 - 11:47 O Superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, participou nesta sexta-feira (01.11) do ciclo de palestras sobre infraestrutura de armazenagem da safra agrícola paranaense. O encontro, realizado em Ponta Grossa, abriu a agenda do ciclo de palestras que levará a todas regiões do estado a discussão deste tema. O coordenador da Expedição Safra e coordenador do Agronegócio na Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, abriu a discussão falando da importância de se discutir o tema. "A motivação dos debates vem da necessidade em se discutir alternativas estruturais à crescente produção agrícola do estado e do país. Há dez anos, a variações entre as safras era de duas, três até cinco milhões de toneladas. Agora, entre uma safra e outra o movimento fica acima de 10 milhões de toneladas. Na temporada 2012/13, por exemplo, foram 20 milhões de toneladas adicionais, enquanto que o desempenho da temporada atual (2013/14) pode superar em 15 milhões de toneladas a safra anterior", disse. Dividino apresentou o trabalho realizado nos portos paranaenses para otimizar o fluxo de mercadorias. Ele falou do trabalho de reformulação logística que acabou com a fila de caminhões e também as adequações no recebimento de fertilizantes que fez despencar o tempo de espera de navios. "A determinação do governador Beto Richa foi de que o Porto precisa oferecer ao usuário, e aqui falamos principalmente o produtor, um serviço de qualidade. Nossa luta diária é para melhorar o nível de serviço e atender cada vez melhor quem nos procura", disse. O superintendente falou ainda do pacote de investimentos anunciado no mês passado, totalizando R$ 175 milhões, para obras de dragagem, substituição de carregadores de grãos e recuperação das vias de acesso. No que se refere ao problema de armazenagem, Dividino ressaltou a importância de se repensar esta defasagem presente em todo o Brasil. Ele explicou que a capacidade instalada para armazenamento de grãos em Paranaguá é de 1,6 milhão de toneladas. "Se colocássemos esta capacidade de armazenagem em linha reta e sobre caminhões, teríamos uma fila de Paranaguá até Cuiabá. Mesmo com uma capacidade estática para grãos bastante grande, nossos estudos demonstram que isso precisa aumentar para atender a demanda futura. Mas o armazenamento no interior precisa também ser expandida", disse. "Aqui estamos organizando o fluxo e conseguimos receber 16% a mais de caminhões este ano sem nenhuma fila",completou. Armazenagem O especialista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná, Eugênio Stefanelo, foi um dos palestrantes do evento e falou sobre os problemas de armazenagem de grãos no Brasil. "O agronegócio é sem dúvida o setor que puxa a balança comercial brasileira para cima. Até setembro, as exportações do agronegócio brasileiro representaram 44 bilhões de dólares", disse. Para avaliar a questão da armazenagem, Stefanelo apresentou os números relativos à produção de soja, milho e trigo. Na safra 2012/2013, a produção nacional destes três produtos totalizou 167,2 milhões de toneladas. A capacidade nacional de armazenagem é de 122 milhões de toneladas. "Estamos falando num deficit de 45 milhões de toneladas de armazenagem no Brasil. E isso demonstra que estamos longe do padrão internacional que pede que a armazenagem seja suficiente para 1,2 vezes a safra. Se não mudarmos este cenário e com a perspectiva de crescimento da safra, em 2022 o nosso deficit de armazenagem poderia chegar a 187 milhões de toneladas", explicou Stefanelo. Considerando os dados apenas do Paraná, a produção de soja, milho e trigo foi de 35 milhões de toneladas e a armazenagem para estes produtos no estado é de 23 milhões de toneladas - o que gera um deficit de 12,5 milhões de toneladas, podendo chegar em 2022 a 28 milhões de toneladas, de acordo com os dados da Conab. Financiamento Técnicos do Banco Regional do Desenvolvimento doExtremo Sul (BRDE) também apresentaram as opções refinanciamento disponíveis ao setor do agronegócio, dando ênfase principalmente aos programas relativos à armazenagem de grãos. O Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio vai percorrer cinco cidades. O próximo encontro será em Cascavel (18.11), seguindo para Maringá (02.12); Londrina (02.12); e Curitiba (12.12). Com exceção de Londrina, que ocorre à noite, a agenda nas demais cidades será realizada pela manhã. Agrolink com informações de assessoria

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