sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fórum discute avanços tecnológicos na formulação de alimentos para pets

Fórum discute avanços tecnológicos na formulação de alimentos para pets Fórum discute avanços tecnológicos na formulação de alimentos para pets 01/11/13 - 15:29 A Alltech promoveu, no dia 28 de outubro, em São Paulo, o 2º Pet Food Fórum. Mais de 90 participantes de toda a América Latina tiveram a oportunidade de conhecer, através das palestras técnicas, as novas tecnologias desenvolvidas para assistir as indústrias que buscam produzir alimentos mais sustentáveis e naturais – uma tendência do mercado global de alimentação. Para Guilherme Minozzo, vice-presidente da Alltech para a América Latina, alguns fatores colaboram para o aumento da população pet como: pessoas vivendo cada vez mais sozinhas; crescimento do número de idosos e casais que adotam a filosofia de não ter filhos. “Atualmente, os mercados mais maduros nesta área são os EUA e Europa. França, Inglaterra e Alemanha dominam o pet food europeu, onde 50% do total em alimentos de animais de estimação são industrializadas, ou seja, não recebem sobras de comida consumidas por humanos” pontua Guilherme. Países como Espanha, Grécia, Escandinávia e Portugal estão em crescimento e a porcentagem de pets alimentados apenas com ração varia entre 20% e 50%. Já a Ucrânia, Rússia, Romênia, Bulgária, Turquia e Hungria têm menos de 25%, embora são locais com fortes tendências ao aumento na produção devido ao crescimento do número de pessoas mais idosas que adotam pet. Bruno Caputi, coordenador de Assuntos Regulatórios e Qualidade do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), falou sobre a legislação do MAPA para o funcionamento de empresas do segmento de pet food como a BPF - Boas Práticas de Fabricação – que garante a conformidade e inocuidade dos produtos disponibilizados no mercado, além da segurança e rastreabilidade dos produtos importados e exportados. Bruno destacou alguns avanços e mudanças que estão acontecendo na legislação. “Atualmente produtos completos, que são as rações sem adição de componentes funcionais, e os específicos, complementos da dieta como biscoitos, não precisam mais de registro para serem produzidos. Ou seja, no momento em que o produto está pronto, oriundo de uma fábrica com BPF, é necessário apenas a análise e aprovação de um técnico, o que acaba tornando o processo mais rápido” citou o coordenador. Ele também explica que uma vantagem do Brasil para a produção de alimentos animais é a vasta oferta de ingredientes primários, não sendo necessária a importação. Crescimento e a busca por novas soluções – O crescimento da população pet e a preocupação dos donos em alimentar cada vez melhor os seus animais exige aumento na produção e criatividade das indústrias. Isto porque a matéria-prima utilizada para rações é muitas vezes a mesma para alimentação humana, o que agrava a competitividade. São necessárias novas tecnologias, melhor gestão da água e novas fontes. Como solução é possível o uso de insetos. Eles são ingredientes altamente nutritivos, com bons níveis de proteína e produzem 10 vezes menos metano do que um ruminante, por exemplo, o que os torna menos agressivos à natureza. O krill, pequeno crustáceo muito utilizado na aquicultura, também pode ser alternativa na alimentação de pets por possuir um alto nível de Ômega 3. Uma realidade na busca por novas fontes são as algas, muito nutritivas, com 30% a 60% de sua composição podendo ser proteína e 4% a 70% carboidratos. Além disso, são organismos vegetais de crescimento mais rápido na natureza, porque não gastam energia para a formação de raízes e estruturas de suporte de celulose como caules, folhas e galhos. O dr. Fernando Rutz, Professor da Universidade Federal de Pelotas e um dos palestrantes do evento, explicou que uma quantidade de 150 ml de alga pode se transformar em 20 toneladas de produto. Algumas algas são riquíssimas em DHA, ácido graxo essencial do tipo Ômega 3, colaborativo para o desenvolvimento de algumas atividades metabólicas dos pets. “O Ômega 3 é anti-inflamatório e importante para equilibrar a quantidade de Ômega 6, inflamatório, que o corpo recebe da alimentação. O desequilíbrio entre estes dois ácidos pode causar doenças. Por exemplo, quando a quantidade de Ômega 6 é consideravelmente maior, aumenta a chance de um infarto de miocárdio” ressaltou Fernando. O ideal é que haja uma relação de 2:1 entre Ômega 6 e Ômega 3 no organismo do animal. A Alltech desenvolveu recentemente o SP1, um produto à base de algas heterotróficas que possui grande quantidade de DHA, que auxilia na prevenção de doenças cardíacas e melhora o desempenho cerebral de cães e gatos. Nutrigenômica – a tecnologia aliada dos pets – Esse foi o tema principal das palestras realizadas pelo Dr. Kelly Swanson, Professor da Universidade de Illinois (EUA), renomado nos estudos de nutrigenômica. Para ele, este campo da ciência, que analisa o efeito da dieta na expressão dos genes, tem muito a contribuir para os avanços na alimentação saudável dos animais de estimação. A principal ferramenta da nutrigenômica é o RNAm, que expressa as informações do DNA de um indivíduo. A maior dificuldade da área é interpretar os inúmeros dados coletados pelo aparelho microarray, porém quando bem estudados mostram quais os genes são afetados de acordo com a dieta do animal. Por esta razão, Kelly afirma que as pesquisas em nutrigenômica aumentam e isto será muito bom para a indústria pet. “Algumas produções no EUA utilizam estas pesquisas, é uma realidade que será mais consistente no futuro” prevê Swanson. Os estudos em nutrigenômica já proporcionam alguns tratamentos para enfermidades em pets, como por exemplo, a obesidade em cães. Nos EUA cerca de 40% da população de pet são obesos. Alguns fatores que agravam este fator são a genética, o sedentarismo, a castração, a composição dos alimentos e a superalimentação. Uma das soluções apresentadas após a observação da expressão genética é uma dieta enriquecida com antioxidante. As pesquisas para gatos também apresentaram bons resultados. Na França foi injetado extrato de chá verde nas dietas de felinos que aumentou a sensibilidade à insulina, diminuiu a quantidade de triglicérides séricos no organismo, entre outras vantagens, sem fazer com que o animal perdesse peso. A Alltech possui um Centro de Nutrigenômica localizado em Lexington, Kentucky (USA) e possui uma aliança para fins de pesquisa com a Universidade de Kentucky. Agrolink com informações de assessoria

Nenhum comentário:

Postar um comentário