quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Juros reais vão a 4,1%, os maiores do planeta

Juros reais vão a 4,1%, os maiores do planeta O Brasil se consolida como o maior pagador de juros re Enquanto a maioria dos países reduz as taxas, hoje, na última reunião de 2013, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar uma elevação de 0,5 ponto percentual na Selic, passando dos atuais 9,5% para 10% ao ano. Com isso, o país ficará com juros reais de 4,1% ao ano, descontada a inflação projetada dos próximos 12 meses, um ponto percentual acima do segundo colocado, a China, com 3,1%. A Selic em 10% é a aposta dos especialistas do mercado financeiro e do próprio governo, que admite ser esse aumento um último esforço para recuperar a credibilidade da política monetária do país. Ao contrário do resto do mundo, que sofre com baixa inflação e atividade econômica, no Brasil, a carestia não dá trégua, apesar do minguado Produto Interno Bruto (PIB). Durante todo o governo de Dilma Rousseff, o índice oficial permaneceu sempre perto do teto da meta, de 6,5%. Se o Banco Central se arriscar a manter a Selic em 9,5%, vai jogar por terra a pouca credibilidade que lhe resta. A confiança na autoridade monetária foi duramente abalada durante o atual governo, que forçou a queda dos juros até 7,25%, índice mantido por quatro meses. Na avaliação do presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do BC, o governo demorou demais para elevar os juros. "A queda agressiva que começou em 31 de agosto de 2011 foi um erro. E mantê-la por tanto tempo foi outro. Porque a queda nos juros não teve suporte do Tesouro Nacional, que continuou com a política fiscal expansionista", explicou. Inflação A alta de juros de hoje é esperada, em parte, porque a inflação continua crescente. "O pior é que temos alguns esqueletos dentro do armário, que precisam sair e vão elevar ainda mais a carestia. Como o preço da gasolina, das passagens urbanas e da energia elétrica. Uma hora ou outra esses elementos vão pesar na inflação", destacou Freitas. Para o economista-chefe do INVX Global Partners, Eduardo Velho, o ciclo de aperto monetário deve se manter em 2014, com, pelo menos, duas altas de 0,25 ponto percentual, levando a Selic a 10,5%. Liderança incômoda País se distancia no ranking que mede o custo do dinheiro no mundo. Posição Nações Taxa (em % ao ano) 1 Brasil 4,3 * 2 China 3,1 3 Chile 2,8 4 Argentina 1,5 5 Hungria 1,5 6 Polônia 1,3 7 Índia 1,2 8 Colômbia 1,0 9 Suíça 1,0 10 Malásia 1,0 (*) Considerando a Selic em 10% ao ano e descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses . . .. Data de Publicação: 27/11/2013 às 16:40hs Fonte: Correio Braziliense . . . . . . . . ... . . ..

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