sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Moradores de Humaitá, no AM, incendeiam a sede da Funai
Moradores de Humaitá, no AM, incendeiam a sede da Funai
27/12/2013 09h31
Protesto foi motivado pelo desaparecimento de três moradores.
Homens estariam como reféns dentro de uma aldeia indígena.
A população de Humaitá, no Amazonas, está revoltada com o desaparecimento de três moradores do município, que sumiram durante a travessia de uma área indígena. Prédios e equipamentos da Funai foram incendiados durante um protesto.
Humaitá fica a 700 quilômetros de Manaus. Treze carros da Funai, três motos e um barco, que era utilizado para levar mantimentos para as aldeias, foram queimados.
Os manifestantes atearam fogo nos prédios da Funai e da Funasa. Os ataques duraram quase oito horas e são um protesto contra o desaparecimento de três moradores da cidade. Há 11 dias, eles passavam de carro em um pedágio, perto da aldeia indígena Tenharim. Os moradores acusam os índios de sequestro.
Amigos e parentes dos desaparecidos exigem que a polícia procure por eles na aldeia. O clima é tenso na região desde o início do mês.
No dia 2 de dezembro, o cacique Ivan Tenharim foi encontrado atropelado na Rodovia Transamazônica e morreu no hospital no dia seguinte.
Os índios dizem que ele foi atropelado. A polícia afirma que Ivan estava embriagado e caiu na estrada.
Por causa do clima de tensão que tomou conta da cidade, os índios que estavam em Humaitá foram levados para o batalhão do Exército para garantir a integridade física, já que de acordo com a polícia, eles correm o risco de serem agredidos.
Ao todo 146 índios estão refugiados no 54º Batalhão de Infantaria da Selva.
A superintendência da Polícia Federal em Rondônia diz que não tem pessoal suficiente para procurar os três desaparecidos na área da reserva indígena. A ideia é se unir ao Exército e à Aeronáutica para iniciar as buscas.
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Humaitá
DO GLOBO RURAL
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