domingo, 2 de março de 2014

Criadores brasileiros trabalham no melhoramento dos marchadores

Criadores brasileiros trabalham no melhoramento dos marchadores Campolina é a maior raça entre os cavalos marchadores. Criadores lutam para selecionar, padronizar e modernizar as raças 02/03/2014 09h30- Atualizado em 02/03/2014 09h42 DO GLOBO RURAL Paixão e curiosidade são alguns sentimentos que provavelmente levaram criadores de cavalos brasileiros a investir no melhoramento dos marchadores. Entre as raças brasileiras há uma que não é de equinos, mas de asininos, a família dos asnos, das mulas e dos burros. É a raça pêga, um jumento que se abrasileirou em uma história interessante envolvendo um padre e um coronel, ainda no tempo dos escravos. O berço do jumento pêga é o município de Lagoa Dourada, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Em 1810, o padre Manuel Torquato experimentou cruzar jumentos das raças egípcia e siciliana. Depois de quase 40 anos de seleção, ele vendeu a tropa para o coronel Eduardo Resende, que vivia na fazenda Engenho dos Cataguases, da qual ainda resta hoje um belo casarão. O coronel levou em frente a criação, padronizou, multiplicou a nova raça, perpetuando inclusive a mesma marca que o padre Torquato usava: o desenho de uma algema de escravos, que era chamada de pêga. O pêga guarda a marca ancestral que, na cultura cristã, lembra que o jumento é um animal sagrado. É a faixa crucial, que corre o fio do lombo do animal e desce pelos ombros. Na fuga para o Egito, Maria vai montada em um jumento. O sinal cruzado seria um indicativo do xixi do menino Jesus.

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