quarta-feira, 30 de julho de 2014
Bicudo é tema de encontro entre especialistas do algodão no MT
30/07/2014 08:55
A crescente pressão do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) levou a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) a promoverem esta semana uma rodada de reuniões com o pesquisador Walter Jorge dos Santos, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
Considerado um dos maiores especialistas em bicudo, Santos se encontrará com produtores e gerentes técnicos de fazendas produtoras de algodão dos núcleos regionais Sul, Centro e Centro Leste, onde a ameaça do bicudo é maior, embora hoje a praga esteja presente em todas as regiões de cultivo do algodoeiro em Mato Grosso.
"O bicudo é considerado a maior praga do algodoeiro e já dizimou lavouras nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, numa época em que Mato Grosso sequer sonhava ser o maior produtor de algodão do País", alerta Milton Garbugio, presidente da Ampa e do IMAmt, que produz algodão no município de Campo Verde (Núcleo Regional Centro).
Ele convocou produtores e seus colaboradores técnicos para participarem dos encontros com o pesquisador Walter Jorge dos Santos, que tiveram início, ontem, em Rondonópolis, Campo Verde e Primavera do Leste. As palestras ocorrem até esta quinta-feira (31.07).
O bicudo-do-algodoeiro foi um dos principais temas do Dia de Campo realizado pelo IMAmt em junho passado e também foi abordado numa Nota Técnica assinada pelo pesquisador Miguel Soria e o assessor técnico regional Renato Tachinardi, com recomendações a serem seguidas para evitar que a praga se propague ainda mais, colocando em risco a produção do algodoeiro na safra 2014/15.
A vinda do pesquisador Walter Jorge dos Santos é mais um reforço nessa campanha contra o bicudo e tratará de medidas emergenciais de controle da praga, das ações a serem realizadas no final da safra corrente (2013/14) e também de ações a serem efetivadas durante o período de entressafra.
"Todo cuidado é pouco em relação ao bicudo. Por isso, é muito importante que todos os produtores e seus colaboradores se engajem no combate à praga seguindo as recomendações técnicas de manejo dos pesquisadores do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e de outras instituições de pesquisa, como o Iapar", conclui Garbugio.
"A redução da população da praga em uma região somente será eficiente se o combate for realizado em nível regional (por todos os produtores), já que o inseto tem a possibilidade de se dispersar de lavouras onde é mal manejado, para algodoais não infestados ou com baixa infestação, e para matas e capões (refúgios da praga) ao final da safra, aumentando a população e a problemática da praga safra após safra", acrescenta o pesquisador Miguel Soria.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias com assessoria (foto: Só Notícias/arquivo)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário