quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

China diz que assinatura da fase 1 com os EUA está em análise e emite críticas ao capitalismo



Publicado em 26/12/2019 09:24


Em todos os comunicados não há citação sobre o comércio da soja (datas e volumes)
PEQUIM (Reuters) - A China está em contato próximo com os Estados Unidos sobre a assinatura da fase 1 do acordo comercial, afirmou o Ministério do Comércio do país nesta quinta-feira, acrescentando que ambos os lados ainda lidam com procedimentos necessários antes da assinatura.
Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio, deu as declarações a repórteres em uma entrevista regular.
Já os índices acionários da China fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira, em um dia de pouca movimentação já que muitos mercados internacionais fecharam devido ao Natal.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve perda de 0,05%, enquanto o índice de Xangai fechou com variação negativa de 0,03%.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, terão uma cerimônia para assinar a primeira fase do acordo comercial entre os dois países acordado neste mês.

China declara forte oposição a plano de defesa dos EUA contra empresas chinesas para 2020

PEQUIM (Reuters) - A China se opõe veementemente à proposta de defesa dos EUA, para 2020, contra empresas chinesas e fez um apelo ao governo norte-americano para que deixe de lado seu viés político e estabeleça condições favoráveis a empresas chinesas, afirmou nesta quinta-feira o Ministério do Comércio da China.

A China vai monitorar de perto a situação e defenderá os interesses das empresas chinesas, disse Gao Feng, porta-voz do ministério, em uma entrevista coletiva à imprensa.

China critica política de dinheiro (capitalismo) e eleições nos EUA

Beijing, 26 dez (Xinhua) -- A Sociedade Chinesa para Estudos de Direitos Humanos divulgou na quinta-feira um artigo intitulado "Política de Dinheiro Expõe a Hipocrisia da 'Democracia no Estilo dos EUA'".
O artigo assinalou que a política de dinheiro é a principal razão para as divisões severas na política e sociedade dos Estados Unidos.
"Nos últimos anos nos Estados Unidos, a classe rica exerceu uma influência cada dia mais importante na política, enquanto a influência das pessoas comuns na política diminuiu", disse o artigo, acrescentando que a política de dinheiro expõe a hipocrisia da democracia dos Estados Unidos.
Indicou que o dinheiro infundiu todo o sistema político dos Estados Unidos e se tornou uma doença persistente na sociedade norte-americana.
O artigo disse que a política de dinheiro dos Estados Unidos distorceu a opinião pública e transformou as eleições em um "monólogo" da classe rica.
"Desde o início do século 21, os custos eleitorais dos candidatos presidenciais Republicanos e Democráticos aumentaram rapidamente de US$ 700 milhões em 2004 para US$ 1 bilhão em 2008 e US$ 2 bilhões em 2012", disse o artigo. "Em 2016, as eleições dos Estados Unidos, incluindo eleições presidenciais e congressionais, gastaram um total de US$ 6,6 bilhões, tornando-se a eleição política mais custosa na história dos Estados Unidos."
Ao mesmo tempo, uma grande quantia de fundos secretos e "dinheiro sombrio" também foi injetada nas atividades eleitorais dos Estados Unidos, mencionou.
O artigo citou uma reportagem da National Broadcasting Company News dos EUA em 2018, dizendo que, como o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou que não exigiria à maioria das organizações sem fins lucrativos informar sua fonte de doações, a transparência do financiamento eleitoral seria significativamente reduzida.
Mais de 40% das transmissões comerciais de televisão dos grupos exteriores para influenciar as eleições congressionais são financiadas por doadores secretos, disse o artigo.
A política de dinheiro traz consequências sérias, disse o artigo. As pessoas comuns são desprivadas de seus direitos políticos. Os postos do governo ficaram exclusivos para as pessoas ricas e a classe alta. A política de dinheiro está flagrantemente gerando benefícios para os ricos e tornou mais difícil para os Estados Unidos resolverem seus problemas políticos e sociais urgentes incluindo a violência de armas de fogo.
"A política de dinheiro é um resultado inevitável do sistema capitalista dos Estados Unidos", disse o artigo.
A democracia dos Estados Unidos é uma forma política através da qual o burguês governa. Por isso, a democracia dos Estados Unidos reflete naturalmente a vontade dos capitalistas e serve seus interesses, disse o documento, acrescentando que os candidatos dos dois principais partidos políticos nos Estados Unidos são meramente representantes de facções diferentes dentro da burguesia.
A política de dinheiro expõe a natureza da sociedade dos Estados Unidos e a mentira dos Estados Unidos quando o país elogia a si próprio como o melhor exemplo de exercer a democracia e salvaguardar os direitos humanos para o mundo.
"Nos Estados Unidos, onde o dinheiro governa a política, a participação e as discussões políticas nunca podem ser atualizadas sem a ajuda de dinheiro," disse o artigo.

Fase 1 do acordo China-EUA melhora a perspectiva da economia mundial, diz especialista de banco sediado em Nova York (Xinhua)

Nova York, 25 dez (Xinhua) -- A fase 1 do acordo econômico e comercial entre a China e os Estados Unidos beneficia a economia mundial, disse um especialista do banco Standard Chartered.
"Com a fase 1 do acordo reduzindo o risco remanescente para a economia global, achamos que 2020 será um ano de crescimento suave, mas estabilizado para a economia global", disse Ding Shuang, economista-chefe do banco para a Grande China e o Norte Asiático, em uma entrevista recente à Xinhua.
Ele acrescentou que a previsão do banco para o crescimento global no próximo ano é de 3,3%, ligeiramente superior à estimativa de 3,1% do banco para 2019.
A China e os Estados Unidos concordaram sobre o texto da primeira fase do acordo econômico e comercial, com base no princípio de igualdade e respeito mútuo neste mês, que foi o mais recente progresso para as duas partes solucionarem sua disputa comercial, que durou dois anos.
Apontando três pesos estruturais de longo prazo para a economia global, nomeadamente dívida, demografia e desglobalização, Ding disse que a fase 1 do acordo econômico e comercial elevará o sentimento dos investidores nos mercados financeiros globais.
Os preços de petróleo atingiram uma alta de três meses na semana passada, devido em parte às perspectivas melhoradas de uma trégua comercial entre os Estados Unidos e a China.
As ações dos EUA registraram valorizações sólidas na semana passada em meio a sentimentos positivos, com o Dow aumentando 1,13%, o S&P 500 subindo 1,65% e o Nasdaq avançando 2,18%.
"A reação positiva do mercado sugere que o acordo é útil no aumento da confiança das empresas", disse Ding.
O acordo traz benefício tanto para os Estados Unidos quanto para a China, disse o especialista.
Para os Estados Unidos, o acordo é "essencial para a reeleição do presidente Donald Trump, pois reduz a chance de recessão e estimula o mercado acionário", enquanto para a China, o acordo melhora as perspectivas comerciais da China e reduz a necessidade de implementar estímulos de grande escala para impulsionar sua economia, disse Ding.
Ele acrescentou que o acordo também está alinhado no geral com a direção principal do aprofundamento da reforma e abertura da China, bem como com as necessidades internas de promover um desenvolvimento econômico de qualidade mais alta.
"Com base nas informações já publicadas, a China se comprometeu a melhor proteger os DPI (direitos de propriedade intelectual), o que é essencial para a China incentivar o investimento em P&D (pesquisa e desenvolvimento) e promover a inovação", disse Ding.

Economia dos EUA desacelera em 2019 e terá caminho difícil pela frente (cenário economico divulgado pela Xinhua)

Washington, 24 dez (Xinhua) -- A economia dos EUA, apoiada por gastos robustos dos consumidores e um forte mercado de trabalho, manteve um ritmo moderado de crescimento à medida que 2019 chega ao fim. Embora as preocupações com uma recessão imediata tenham diminuído, sua economia ainda mostra sinais de desaceleração.
Com a queda do investimento empresarial e a contratação do setor manufatureiro, a recuperação econômica dos EUA enfrentou muitos obstáculos nos últimos meses. O país enfrenta um caminho difícil à frente, em meio a uma incerteza comercial persistente e a uma desaceleração global sincronizada.
CENÁRIO MISTO
O crescimento econômico dos EUA no terceiro trimestre cresceu a uma taxa anual de 2,1 por cento, um pouco acima dos 2 por cento do segundo trimestre e marca uma forte desaceleração em relação aos 3,1 por cento do primeiro trimestre, segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA.
Um painel de analistas profissionais recentemente avaliado ​​pela Associação Nacional de Economia Empresarial (ANEE) antecipou que o crescimento do Produto Interno Bruto dos EUA diminuiria de 2,9 por cento em 2018 para 2,3 por cento este ano.
Após a última reunião de política do banco central no início deste mês, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, descreveu o cenário misto sob suas palavras: "Os gastos das famílias foram grandes, apoiados por um mercado de trabalho saudável, aumento de renda e sólida confiança do consumidor. Em contraste, o investimento e as exportações das empresas permanecem fracos e a produção manufatureira diminuiu no ano passado".
As despesas de consumo pessoal, que representam cerca de 70 por cento da produção econômica dos EUA, tiveram um crescimento robusto durante os três primeiros trimestres, aumentando 1,1 por cento, 4,6 por cento e 3,2 por cento, respectivamente e em parte, acalmando os receios sobre a saúde da maior economia mundial.
A taxa de desemprego, que permaneceu abaixo de 4 por cento desde o início do ano, caiu ligeiramente para 3,5 por cento em novembro, atingindo novamente a mais baixa em quase cinco décadas. Os aumentos em empregos tiveram uma média de 205.000 de setembro a novembro.
Apesar dos gastos resilientes dos consumidores e de um forte mercado de trabalho, o investimento das empresas diminuiu por dois trimestres seguidos, caindo 1 por cento no segundo trimestre e 2,3 por cento no terceiro, agindo como um obstáculo para a economia em geral.
Enquanto isso, a atividade econômica do setor manufatureiro diminuiu pelo quarto mês consecutivo em novembro, segundo o Instituto de Gerenciamento de Suprimentos. O Índice de Gerentes de Compras registrou 47,8 por cento em setembro, o menor nível em uma década.
INCERTEZA DO COMÉRCIO
O presidente do Fed, juntamente com muitos economistas, citou repetidamente as tensões comerciais como um dos fatores que pesam sobre a economia dos EUA.
Observando que a economia enfrentou alguns "desafios importantes" do crescimento global mais fraco e da incerteza comercial no ano passado, Powell disse que o banco central ajustou a postura da política monetária para "amortecer" a economia com esses desenvolvimentos e "fornecer algum seguro contra os riscos associados".
O Fed reduziu as taxas de juros três vezes desde julho, em meio à crescente incerteza decorrente das tensões comerciais, da fraqueza no crescimento global e das discretas pressões inflacionárias. Esses ajustes de política colocam a meta atual da taxa de fundos federais entre 1,5 e 1,75 por cento.
A Business Roundtable, uma associação de CEOs de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos, disse recentemente que seu índice de perspectiva econômica dos CEOs no quarto trimestre caiu para 76,7, que permanece abaixo da média histórica e marca o sétimo declínio trimestral consecutivo.
"Os CEOs são justificados em sua cautela com o estado da economia dos EUA. Embora tenhamos alcançado um ambiente tributário competitivo, a incerteza em torno da política comercial e a desaceleração do crescimento global estão criando ventos contrários aos negócios", disse Joshua Bolten, presidente e CEO da Business Roundtable.
De acordo com a pesquisa ANEE divulgada no início deste mês, a política comercial continua sendo o risco de queda dominante "mais amplamente citado" para a economia dos EUA até 2020, com metade dos entrevistados citando-o como o "maior" risco de queda.
As tensões comerciais iniciadas pelos EUA afetaram a economia global. A Organização Mundial do Comércio disse recentemente que os volumes mundiais de comércio de mercadorias deverão aumentar apenas 1,2 por cento em 2019, substancialmente mais lento que o crescimento de 2,6 por cento previsto em abril.
Em seu último relatório do Panorama Econômico Mundial divulgado em outubro, o Fundo Monetário Internacional reduziu sua previsão de crescimento global para 2019 para 3 por cento, alertando que o crescimento continua sendo enfraquecido pelo aumento das barreiras comerciais e pelo aumento das tensões geopolíticas.
CAMINHO DIFÍCIL PELA FRENTE
É estimado que a economia dos EUA desacelere ainda mais no próximo ano, tendo como pano de fundo a persistente incerteza na política comercial e um mercado de trabalho que pode estar perdendo impulso, além de uma perspectiva global precária.
Dados oficiais mostraram que os ganhos de emprego atingiram uma média de 180.000 por mês até agora em 2019, em comparação com um ganho médio mensal de 223.000 em 2018, indicando que o nível geral de contratações diminuiu nos últimos meses. Enquanto isso, o ritmo de crescimento da folha de pagamento permaneceu fraco.
De acordo com a pesquisa do Conselho Global de CDF da CNBC para o quarto trimestre, 60 por cento dos diretores financeiros esperam que o número de funcionários das empresas diminua nos próximos 12 meses.
Os participantes da pesquisa da ANEE acreditavam que a economia dos EUA diminuiria para 1,8 por cento em 2020. "A previsão de consenso exige uma recuperação na habitação, mas um crescimento mais lento no investimento empresarial e nos gastos dos consumidores, juntamente com maiores déficits em comércio e orçamento federal", afirmou a presidente da ANEE, Constance Hunter, economista-chefe da KPMG.
O déficit orçamentário federal, que aumentou rapidamente durante o governo Trump, atraiu preocupação de muitos. Powell, presidente do Fed, enfatizou recentemente a urgência do Congresso dos EUA de abordar a questão, observando que, de outra forma, haveria menos espaço fiscal para apoiar a economia em uma desaceleração.
Na frente comercial, a incerteza tem sido a única certeza. Apesar do progresso com o Canadá, o México e a China, os Estados Unidos propuseram tarifas sobre produtos franceses em retaliação ao imposto sobre serviços digitais, e sua disputa de subsídios de aeronaves Boeing-Airbus com a União Europeia tem aumentado.
"As políticas comerciais do governo deixaram pouco espaço para manobras", escreveu em uma análise, Diane Swonk, economista-chefe da Grant Thornton, uma grande empresa de contabilidade.
"Ou o presidente volta atrás nas suas promessas de campanha, mantém a linha das tarifas e a economia desacelera. Ou corre o risco de uma recessão dobrando as guerras comerciais e aumentando a incerteza", escreveu Swonk.

China planeja grandes investimentos em infraestrutura em 2020, diz mídia estatal

PEQUIM (Reuters) - A China planeja investir 800 bilhões de iuanes (114,32 bilhões de dólares) em transporte ferroviário, 1,8 trilhão de iuanes em rodovias e hidrovias e 90 bilhões de iuanes em aviação civil em 2020, informou a rádio estatal citando o ministro dos Transportes, Li Xiaopeng.
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Fonte: Reuters/Xinhua (agencia estatal)

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