Publicado em 31/12/2019 20:16
NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street fecharam em alta nesta terça-feira, com um rali renovado e impulsionado pelo otimismo comercial. Os mercados encerraram uma década de retornos consideráveis na qual o índice S&P 500 subiu quase 190%.
Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq registraram seus maiores ganhos percentuais anuais desde 2013, enquanto o Dow fechou 2019 com seu maior ganho percentual anual desde 2017. Em 2019, o atual ciclo de alta nas ações dos EUA se tornou o mais longo já registrado, amparado por otimismo comercial, política monetária afrouxada e perspectiva de melhora econômica.
As bolsas de valores dos EUA permanecerão fechadas na quarta-feira, primeiro dia do novo ano.
O Dow Jones subiu 0,27%, para 28.538,44 pontos. O S&P 500 ganhou 0,29%, para 3.230,78 pontos. E o Nasdaq teve alta de 0,3%, para 8.972,60 pontos.
Os principais índices de Wall Street registraram ganhos significativos para o mês, trimestre e ano. Em dezembro, o Dow avançou 1,73%, o S&P 500 teve alta de 2,87%, e o Nasdaq valorizou-se 3,56%. No quarto trimestre de 2019, o Dow ganhou 6,02%, o S&P 500 apreciou 8,55%, e o Nasdaq saltou 12,18%.
No ano, o Dow subiu 22,33%, o S&P 500 disparou 28,9%, e o Nasdaq voou 35,24%.
O S&P 500 também registrou seu maior ganho percentual de dezembro desde 2010.
Na década, o Dow avançou 173,67%, o S&P 500 subiu 189,72%, e o Nasdaq saltou 295,42%.
Índice do dólar fecha 2019 com menor variação anual já registrada
NOVA YORK (Reuters) - O índice do dólar registrava a menor variação anual de sua história em 2019, com aumento de apenas 0,24% no ano, após uma queda em dezembro reverter os ganhos iniciais, já que as esperanças comerciais e a confiança dos investidores diminuíram a demanda pelo ativo de refúgio.
A libra, o euro e uma série de moedas sensíveis ao comércio subiam enquanto o dólar caía para uma mínima em seis meses nesta terça-feira, com otimismo dos investidores sobre as perspectivas de crescimento global e a fase 1 de um acordo comercial entre EUA-China estimulando a tomada de risco.
O índice do dólar caía 0,33%, para 96,418, sua quarta sessão consecutiva no vermelho e seu nível mais fraco desde 1º de julho.
O dólar registrou um forte 2019 antes de dezembro, devido ao desempenho superior da economia dos EUA e a um longo período de incerteza nas negociações entre Washington e Pequim. O dólar acumulava alta de 0,24% em 2019, contra ganho de 4,4% em 2018. Até o fim de novembro, a moeda subia 2,18% no ano.
A mudança também refletia apostas dos investidores de que o dólar enfraquecerá ainda mais em 2020.
"Todo mundo estava esperando para apostar contra o dólar. Tem sido o trade mais frustrante do ano. Acho que, na maioria das vezes, não há muita resistência em voltar para esse trade. Se olharmos para as principais apostas para 2020 no mercado de câmbio, será ficar vendido em dólar", disse Marvin Loh, estrategista macro sênior da State Street Global Markets.
O apetite dos investidores por risco elevou o euro a 1,124 dólar, máxima em cinco meses, com a moeda depois em alta de 0,22%, a 1,122 dólar.
A libra bateu uma máxima em duas semanas em relação ao dólar, embora a possibilidade de um Brexit "sem acordo" no final de 2020 ainda esteja pesando na moeda.
A busca por risco levava o dólar australiano, o iuan chinês e as coroas escandinavas a máximas em vários meses ou em várias semanas contra o dólar.
Bolsas asiáticas fecham sem direção única, mas com fortes ganhos anuais
São Paulo - As bolsas da Ásia terminaram sem direção única o último pregão de 2019, com os principais índices chineses em alta após a confirmação de que a indústria do país se expandiu em dezembro. No acumulado de 2019, contudo, os principais mercados asiáticos registraram fortes ganhos em meio ao otimismo com a relação entre Estados Unidos e China.
Os índices da China alcançaram seus melhores resultados em mais de quatro anos. Lá, a Bolsa de Xangai fechou nesta terça-feira em alta de 0,33%, em 3.050,12 pontos, e com ganho de 22% em 2019. O índice menos abrangente Shenzhen registrou avanço de 0,55%, a 1.722,95 pontos, mas saltou 36% no ano. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país mostrou expansão pela segunda vez consecutiva, após seis meses de contração.
Em outras partes da Ásia, o Taiex, de Taiwan, e o Nikkei, do Japão, também ficaram entre os melhores desempenhos do ano, com altas de 23% e 18%, respectivamente. Nesta terça-feira, o índice Taiex cedeu 0,47%, para 11.997,14 pontos, mas o Nikkei não operou devido ao feriado.
Com desempenho inferior aos de seus pares no continente, o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 9,1% em 2019, com a confiança dos investidores afetada pela onda de protestos prolongados na região semiautônoma. Em Hong Kong e na Oceania, além disso, o pregão foi reduzido devido ao feriado. O índice Hang Seng fechou neste dia 31 em queda de 0,46%, para 28.189,75 pontos, enquanto o S&P/ASX 200 caiu 1,78%, a 6.684,10 pontos.
Mas, para 2020, ainda há incertezas, apontam investidores. O Nomura afirma esperar que as economias asiáticas enfraqueçam ainda mais no próximo ano. O crescimento econômico desacelerou nos últimos meses na China devido à redução da demanda do consumidor, o que, por sua vez, levou a estoques elevados. O banco de investimentos projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) da China crescerá 5,7% em 2020, contra uma estimativa de 6,1% neste ano.
O Kospi, da Coreia do Sul, que não abriu nesta terça, ganhou 7,7% ao longo do ano. (Com informações da Dow Jones Newswires).
Fonte: Reuters/Agencia Estado
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