Publicado em 06/12/2019 11:56
A França rejeitou a ideia dos EUA para que empresas possam optar por sair de uma reforma tributária internacional, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, nesta sexta-feira, pedindo que Washington negocie de boa fé.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, está no meio da maior reforma das regras tributárias internacionais desde a década de 1920, com o objetivo de atualizá-las globalmente para a era digital.
Mas a França e os Estados Unidos já estão em rota de colisão sobre o assunto, com Washington ameaçando impostos pesados sobre as importações de champanhe, queijos e bolsas de luxo em retaliação por uma taxa digital francesa separada que seria substituída assim que qualquer acordo global da OCDE fosse fechado.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, levantou sérias questões sobre as propostas da OCDE em uma carta divulgada na quarta-feira, incomodando autoridades internacionais ao sugerir um mecanismo "safe harbour".
Ele disse que Washington tem sérias preocupações sobre quaisquer medidas para abandonar certas estruturas tributárias atuais, como preços de transferência em condições normais de concorrência, segundo os quais as empresas precisam cobrar a taxa de mercado pelas transferências internacionais dentro de um grupo e o que é considerado uma presença tributável em determinado país.
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