quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mantega não quer reduzir meta de primário neste ano, dizem fontes

BRASÍLIA, 23 Jan (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não quer reduzir a meta de superávit primário do governo este ano, disseram duas fontes governamentais à Reuters, destacando o dilema do país sobre como relaxar as estritas regras fiscais sem provocar pressões de gastos. O governo da presidente Dilma Rousseff sinalizou que está disposto a afrouxar as restrições orçamentárias para sustentar a sexta maior economia do mundo, que parece não reagir à mais de um ano de medidas de estímulo sem interrupção. Uma opção que as autoridades estão discutindo, e que não é a preferida de Mantega, é um corte direto da meta de superávit primário, de 155,9 bilhões de reais, ou cerca de 3,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), considerada extremamente alta para uma grande economia. Qualquer mudança na meta, porém, deve levantar preocupações de que Dilma esteja mexendo em políticas que têm sido a base da estabilidade financeira do Brasil desde 1994. Investidores acompanham o superávit primário de perto, já que o veem como uma medida de disciplina fiscal do Brasil. O superávit primário --economia feita pelo setor público para pagamento de juros-- é uma medida da capacidade de um país de pagar suas obrigações. Uma meta mais relaxada permite ao governo cortar mais impostos para as indústrias, em uma tentativa de aumentar o investimento. Mantega, um poderoso membro da equipe econômica, prefere manter a meta e excluir os investimentos públicos e as deduções fiscais do superávit primário do Brasil, movimento permitido pela lei brasileira. "O ministro está mais inclinado a favor do aumento da quantidade de investimentos que seriam deduzidos da meta primária", disse um funcionário do governo com conhecimento das negociações. "Reduzir o superávit primário aumenta as pressões de gastos de funcionários públicos e legisladores que querem aumentar os gastos correntes. Nós não queremos isso." O governo já informou que pode excluir cerca de 25 bilhões de reais, de um total de 44 bilhões de reais, em investimentos projetados e deduções fiscais para cumprir a meta. Continuação... Ver artigo em uma página

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