sábado, 26 de janeiro de 2013

Mudanças climáticas afetam principalmente os países mais pobres

As mudanças climáticas estão no centro das preocupações do Banco Mundial, já que afetam em primeiro lugar os mais pobres do planeta, declarou neste sábado no Fórum Econômico de Davos o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. 'A seca que provoca o aumento do preço do trigo ou de outros cereais afeta em primeiro lugar os pobres', que devem pagar mais para se alimentar, declarou o funcionário americano, que assumiu suas funções no Banco Mundial há seis meses. 'Temos que nos ocuparmos dos mais pobres, são os mais vulneráveis às mudanças climáticas', que faz com que os preços dos alimentos subam e gera problemas de desnutrição nas crianças, acrescentou. O presidente do Banco Mundial lembrou as conclusões de um relatório sobre as consequências do aquecimento do planeta publicado em novembro pela organização. 'Fiquei impressionado', disse, antes de lembrar que, segundo o cenário mais sombrio de um aumento da temperatura de 4ºC para 2060, se abaterá 'uma cascata de cataclismos' nos países pobres, lançando por terra anos de desenvolvimento. No entanto, disse estar confiante que os recentes fenômenos meteorológicos, como a onda de frio intenso que atinge a Europa ou a seca na Austrália, vão ajudar os governos e a opinião pública a se sensibilizar sobre a necessidade de agir e de se comprometer com um futuro verde. O presidente do BM colocou como exemplo a China, que, segundo ele, embarcou em uma 'economia verde', embora Pequim apresente níveis de poluição atmosférica que excedem em muito os níveis aceitáveis para a saúde. 'Os chineses marcaram objetivos ambiciosos, têm um plano para alcançá-lo', declarou. Para reduzir suas importações de petróleo, a China prometeu investir mais de 14 bilhões de dólares até o fim da década com o objetivo de desenvolver infraestruturas para 5 milhões de veículos propulsados com energias renováveis. Pequim também realiza programas piloto para fomentar o uso do carro elétrico em algumas cidades. Em Shenzhen (sul), as autoridades subsidiam cerca de 50% da compra de veículos elétricos. O governo também já desembolsou 54 bilhões de dólares em seis anos para desenvolver baterias para veículos elétricos. Por último, Pequim prometeu no ano passado que irá fechar ou transformar para 2015 cerca de 1.200 fábricas muito poluentes.

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