sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Trabalhadores rurais sem terra recebem novo assentamento no Rio Grande do Sul
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Estado tem como objetivo assentar todas as famílias sem terra até o final de 2014
Dez famílias de trabalhadores rurais sem terra receberam na quinta, dia 24, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a escritura e o termo de cessão de uso do assentamento Elton Brum, no interior do município de Encruzilhada do Sul. A área, de 321 hectares, foi adquirida pelo governo do Estado em dezembro do ano passado para assentar agricultores do acampamento Terra e Liberdade, instalado em Charqueadas, após ter passado por municípios como Canguçu e São Gabriel.
Ao entregar os documentos aos novos proprietários da terra, Tarso afirmou que o ato demonstra a disposição do governo de assentar todas as famílias sem terra do Rio Grande do Sul até o final de 2014. Ele também acrescentou que o Estado possui uma política específica de recuperação e sustentação dos assentamentos já implantados.
– A luta pela terra no Brasil se confunde com a luta pela democracia, pela liberdade e pela justiça social. Por isso, nós vamos implantar uma profunda reforma agrária e de cunho democrático nesse país, pois ele só vai crescer se tiver uma agricultura familiar dominante, como nós temos no Rio Grande do Sul – enfatizou Tarso Genro.
Com investimento de R$ 1,8 milhão, esta é a segunda área adquirida pelo governo para fins de assentamento. Ao todo, seis já foram implantados desde o início de 2011, quatro em áreas do Estado e duas compradas diretamente dos proprietários, totalizando 80 famílias beneficiadas.
– Esta é a segunda vez, nesse gestão, que o governador e o proprietário da fazenda abrem a porteira para entregar uma área de terra aos agricultores que aqui vão plantar e produzir. Este é mais um passo no processo de reforma agrária, até o assentamento da última família acampada nesse Estado – comemorou o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan.
De acordo com o coordenador do assentamento, Lucio Bueno de Ramos, os produtores pretendem investir em fruticultura, pois alguns já possuem experiência nessa área. No local, as famílias já produzem hortaliças e criam animais.
– Sofremos durante cinco anos embaixo de uma lona preta, sem ter onde plantar, mas agora poderemos prover nosso sustento e, além disso, contribuir com o fortalecimento da agricultura familiar na região – aposta Ramos.
Após a concessão da terra, o Estado passa a trabalhar na instalação da infraestrutura do assentamento e na distribuição dos lotes entre os assentados. Somente em abastecimento de água, serão investidos R$ 2,2 milhões a partir de um convênio assinado com o Ministério da Integração Nacional.
RURALBR, COM INFORMAÇÕES DO GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL
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