domingo, 28 de julho de 2013

Assentamento da Paraíba é modelo de produção sem agrotóxicos

Assentamento da Paraíba é modelo de produção sem agrotóxicos 28/07/2013 | 14h02 Famílias produzem batata-doce, O Assentamento Carrasco, no município paraibano de Esperança, a 159 quilômetros de João Pessoa, é modelo de gestão e produção sustentável em todo o Estado. Lá, 14 trabalhadores receberam apoio do Programa Nacional de Crédito Fundiário para investirem na produção sem agrotóxicos e, hoje, colhem os lucros. – Produzir agroecologia é investir em qualidade de vida, se preparar para o futuro com responsabilidade. O depoimento é do agricultor Francinaldo Silva de Luna, que mora no assentamento Carrasco, em Esperança, a 159 quilômetros de João Pessoa. Em seus 61 hectares de terra, ele produz uma infinidade de alimentos. O forte, atualmente, é a batata-doce. Francinaldo é presidente da associação que reúne as famílias do assentamento. Além da batata-doce, ele planta laranja, limão, hortaliças, feijão e milho. – Começamos a nos organizar em 2007 quando adquirimos a terra onde moramos, por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário, parceria do Governo da Paraíba com o Ministério do Desenvolvimento Agrário – lembra. Naquela época, segundo o agricultor, plantava-se apenas laranja e limão. Hoje, as culturas são diversificadas. – Sempre valorizamos a agricultura orgânica por saber que o agrotóxico é prejudicial à saúde – explica o agricultor. Essa preocupação rende lucros até hoje. O trabalhador afirma que a procura por produtos sem pesticidas é cada vez maior. – Antes, tinha gente que nem apostava no que produzimos hoje, mas ainda bem que eles estavam errados – brinca. Os agricultores do Carrasco também plantam acerola, umbu, graviola, pinha, jaca, manga, coco, pitanga, pitomba e outras frutas, tudo sem agrotóxico. A produção do assentamento Carrasco serve para comercialização e integra a lista de produtos inseridos em ações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). – Até o próximo ano, queremos ampliar a nossa participação no programa e colaborar, também, com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), como forma de reforçar os nossos objetivos – adiantou o agricultor. O acompanhamento e a assistência técnica de entidades parceiras são fundamentais. Segundo Francinaldo, o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag), do Instituto de Terras e Planejamento Agrícola do Estado (Interpa) e outros órgãos ajudam o trabalho no campo. – Quando liberamos os R$ 110 mil para os agricultores do Carrasco, em 2007, pelo Crédito Fundiário, não imaginávamos que o assentamento seria apontado como modelo de gestão e produção sustentável em todo o Estado – diz o presidente do Interpa, Nivaldo Magalhães. O Programa Nacional de Crédito Fundiário foi criado pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário/Secretaria de Reordenamento Agrário, em 2002. O recurso é usado na estruturação necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural das áreas beneficiadas. Além da terra, o agricultor pode construir a casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. O financiamento pode ser individual ou coletivo. O programa possui condições diferenciadas de acordo com o valor do financiamento contratado. O pagamento é feito em até 20 anos, incluindo três anos de carência. SECOM-PB

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