quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Soja segue em alta na bolsa de Chicago nesta 4ª
Soja segue em alta na bolsa de Chicago nesta 4ª
30/10/2013 13:18
A soja avança na sessão regular desta quarta-feira (30) na Bolsa de Chicago. Após o fechamento positivo no pregão eletrônico, o mercado agora amplia seus ganhos e, por volta de 12h (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 8,25 e 12,50 pontos. O contrato janeiro/14, o mais negociado no momento, era cotado a US$ 12,79, com ganho de 8,75 pontos.
A demanda extremamente aquecida pelo produto norte-americano segue atuando como o mais importante fator de alta para os preços da oleaginosa no mercado internacional. As exportações norte-americanas acontecem em ritmo acelerados, os atuais estoques estão bem ajustados e os produtores locais têm procurado segurar suas vendas à espera de preços melhores para comercializar.
Nesta quinta-feira (31), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seus números de exportações semanais para as três semanas em que o governo norte-americano ficou parado e não reportou esses dados. A expectativa do mercado, portanto, é de que esses números tragam ainda mais influência positiva às cotações, confirmando essa demanda bastante aquecida. Para alguns analistas, com esses números as vendas de soja dos EUA poderiam chegar a 30 milhões de toneladas no ano comercial 2013/14 frente às 37 milhões que são projetadas pelo USDA para serem exportadas nessa temporada.
"Assim que tivermos a atualização de todos os dados de exportações do USDA, veremos que a China está muito concentrada nos EUA. Até onde os dados saíram, nós temos o país com 17,5 milhões de toneladas de soja já compradas dos Estados Unidos, contra 13 milhões na mesma época do ano passado", explicou o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin. Diante desse quadro, os prêmios pagos para exportação nos EUA já chegam a US$ 1,00 por bushel acima do vencimento novembro praticado em Chicago.
A demanda não só pelo grão, mas também por farelo e óleo, são outro fator que exerce pressão positiva sobre as cotações. Segundo Vanin, o bom momentos dos preços de outros óleos vegetais estimula os ganhos do óleo de soja, que puxam, por sua vez, os preços do grão. "Nós temos o óleo de palma na máxima de sete semanas, o óleo de soja e outros óleos vegetais na máxima de nove meses".
Paralelamente aos fundamentos de oferta e demanda, o mercado espera com ansiedade o relatório de oferta e demanda que o USDA divulga no próximo dia 8 de novembro, uma vez que trará informações atualizadas sobre a safra norte-americana, com dados, principalmente, sobre a área e os estoques do país.
"Nós devemos ter um ajuste para cima na produtividade, isso não é novidade nenhuma para o mercado. Eu acredito que não deveremos ter um número muito maior do que 48,2 sacas por hectare (42,5 bushels por acre), em função da alta proporção do double crop, que a soja precoce plantada na sequência do trigo. 10% da soja dos EUA foi plantada assim, o trigo foi colhido tarde, então essa soja também foi plantada mais tarde e deve ter um pouco menos de produtividade", diz o analista. Dessa forma, para Vanin, os estoques finais de soja norte-americanos, portanto, não devem ficar muito diferentes do último boletim, divulgado em setembro de 4,08 milhões de toneladas.
Fonte: Notícias Agrícolas / Carla Mendes
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