quarta-feira, 27 de novembro de 2013
27/11/2013 - 17:33
27/11/2013 - 17:33
Produtores da Europa estão cada vez mais exigentes em tecnologia
Canal RUrla
A mecanização na Europa está avançando e os produtores estão cada vez mais exigentes em tecnologia. A grande disputa do momento entre as grandes marcas está no câmbio de marchas. A fábrica da Massey Ferguson na cidade de Beauvais, 80 quilomêtros de Paris, produz tratores com até 375 HPs de potência. Desde que foi inaugurada em 1960 já foram produzidos perto de 900 mil tratores e vendidos para 140 países.
No mercado mundial, o investimento em tecnologia dita o ritmo da disputa entre os fabricantes. O gerente de informação e produto da empresa, Martin Wakely, explica as vantagens da nova geração de câmbios de marcha agora com a tecnologia chamada Transmissão de Variação Continua (CVT).
– Em especial na Europa, os produtores queriam as vantagens de uma CVT, que pudesse alcançar a velocidade de avanç com a velocidade do motor correta. Alem disso, também desejavam a possibilidade de transporte em países como Alemanha e França, onde se pode atingir a velocidade de 50km/h com uma baixa rotação do motor, o que é muito mais fácil com uma transmissão CVT. Para muitos produtores europeus, as aplicações no transporte e a economia de ter uma baixa rotação do motor com uma alta velocidade de avanço eram vantagens bastante consideráveis, bem como as vantagens no campo – salienta.
A tecnologia para o câmbio de tratores é disputada no mercado pela mudança na rotina de trabalho dos produtores. Na Europa está acontecendo a chamada reagregação de propriedades, as pequenas que juntas formam um mosaico de lavouras. O produtor planta em varias áreas em fazendas distantes, o trator precisa ter esta capacidade de mudar a velocidade, manter a potência com economia, no país as máquinas estão rodando 70% na lavoura e 30% no asfalto.
– O perfil do produtor na França: uma fazenda de tamanho médio. Imagino que entre 100 e 150 hectares. E um perfil bem orientado na tecnologia, ele precisa ter uma ferramenta de trabalho que otimize o tempo, que tenha eficiência na lavoura e baixo consumo de combustível, além de baixo custo de produtividade. Ele precisa viajar pela rodovia e para isso, precisa ter um trator desenhado e adaptado que possa trabalhar na lavoura e transitar pelo asfalto – destaca o diretor de marketing da AGCO, Alfredo Jobke.
As tecnologias vão sendo implementadas nos tratores de acordo com o perfil cada vez mais diversificado dos produtores em todo o mundo. Segundo Alain Chiffard, Manager Business Development Massey Ferguson Eastern Europe & LCR, o câmbio nunca foi tão importante na história das máquinas agrícolas.
– Há, por exemplo, o modo pedal no trator – que é fantástico porque o produtor não precisa se preocupar com marchas ou com as marchas corretas para evitar o consumo desnecessário de combustível: ele só pressiona o pedal e o trator segue por conta própria. Em segundo lugar, na Europa há muitos prestadores de serviço e eles fazem uma grande diversidade de trabalhos em uma porção de lugares e precisam, então, de um trator que trabalhe extremamente bem no campo, mas que também se mostre potente quando eles precisam ir à próxima propriedade e reiniciar o trabalho. É uma tendência que vai se manter – destaca.
De acordo com o vice-presidente de Marketing, Pós Venda, Gestão de Produtos e Desenvolvimento de Concessionárias AGCO América do Sul, Bernhard Kiep, com plataforma das máquinas cada vez mais globalizada, as diferenças no uso e no tipo de tecnologia estão nas questões climáticas se compararmos os países da Europa com o Brasil.
– O que eles querem do maquinário está se juntando muito, antigamente existiam as diferenças maiores, hoje, a necessidade que esses agricultores tem é praticamente a mesma. Então, de um lado está ficando mais facil para nós fabricantes atender esta demanda. De outro lado as condições climáticas e a robustez necessária do produto precisa ser ajustada, nós temos o fator de pegar o equipamento e deixar tropical para as necessidades brasileiras – diz.
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