sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

30/01/2015 - 08:01

Setor produtivo revela apreensão com novo governo Dilma; veja fotos Da Redação – Viviane Petroli*
Insatisfação e falta de afinamento entre Ministérios. Estes são alguns dos sentimentos e percepções do setor produtivo mato-grossense diante a “nova” gestão de Dilma Rousseff no comando da presidência do Brasil. Segundo a categoria, existe certa “apreensão”, ainda, de como o segmento irá espreitar relações com a nova ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. O governo Dilma foi um dos debates do lançamento oficial da colheita brasileira de soja 2014/2015, realizado nesta quinta-feira (29) em Alto Garças, durante o "Fórum Soja Brasil: As perspectivas para o agro no segundo governo Dilma". Os desafios do Brasil, conforme o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk, são grandes e nestes 30 dias de governo Dilma o que se percebe é que ainda não há um “afinamento” entre os ministros. Tomczyk comentou ainda haver entre o setor produtivo uma “apreensão” de como se irá espreitar relações com a ministra Kátia Abreu, que neste segundo mandato de Dilma assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no lugar no mato-grossense Neri Geller. “Com o Neri Geller tínhamos mais acesso por ele ser de Mato Grosso, mas iremos buscar essa relação”, declarou o presidente da Aprosoja-MT. A apreensão e a necessidade de um Ministério mais atuante foram apontadas também pelo vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz. “Precisamos de um Ministério da Agricultura mais forte. Precisamos que ele esteja nos mesmos patamares que o Ministério da Fazenda, por exemplo, e não como parte do segundo escalão”. De acordo com o deputado federal de Minas Gerais e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes, nestes últimos 12 anos de governo PT o setor produtivo não teve espaço e valorização. A expectativa é que agora se olhar para o produtor também, visto a economia nacional girar em torno do campo. Portarias e investimentos Segundo o deputado federal de Mato Grosso e vice-presidente da FPA, Nilson Leitão, “enquanto o Brasil for sendo gerido por portarias será cada vez mais difícil administrar o país”. Muitas nuvens escuras deverão surgir e não são de chuva na opinião do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado. Conforme ele, os primeiros 30 dias do segundo governo Dilma Rousseff foram nada satisfatórios diante os aumentos de juros e investimentos estagnados. “Se o governo não reconsiderar as ações de investimentos engavetadas, não dar um jeito na corrupção, não investir em infraestrutura o Brasil não vai para frente, não cresce”. *A repórter viajou a convite da Aprosoja Mato Grosso para o lançamento oficial da safra de soja 2014/2015 em Alto Garças

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