quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Mercado do milho fecha em alta na BM&F e março/15 recupera os R$ 28/sc 29/01/2015 16:48

Na BM&F Bovespa a sessão desta quinta-feira (29) foi positiva aos preços do milho. As principais posições da commodity encerraram em alta pelo terceiro dia consecutivo. Os contratos exibiram valorizações entre 1,01% e 1,08%, o vencimento março/15 retomou o patamar dos R$ 28,00 a saca, depois de ter fechado o pregão anterior a R$ 27,70 a saca. Como principal fator de suporte às cotações futuras do cereal está a forte alta observada no dólar. A moeda norte-americana encerrou a quinta-feira, com valorização de 1,37% e cotada a R$ 2,61, ante o real. Os ganhos são reflexo das declarações das autoridades do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano. No dia anterior, o banco reportou que deverá continuar com a sua promessa de ser mais "paciente" na hora de elevar os juros no país. Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, nesse momento, o mercado está mais atrelado ao dólar e o comportamento do câmbio influencia os preços do cereal. Além disso, a safra de redução na área destinada ao grão na primeira safra já está consolidada e precificada pelo mercado. Paralelamente, apesar das preocupações com as adversidades climáticas, as produtividades relatadas pelos produtores são favoráveis. Ainda assim, em relação à safrinha, o consultor destaca que esse deve ser o foco do mercado a partir de fevereiro. Mercado interno No mercado interno, as cotações do milho também registraram valorizações nesta quinta-feira. De acordo com o levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, em Ubiratã e Londrina, ambas praças do Paraná, a alta foi de 1,01%, com a saca do milho a R$ 20,00. Em Tangará da Serra (MT), o ganho foi de 2,86% e a saca do milho terminou a quinta-feira a R$ 18,00. Mesma situação observada em Campo Novo do Parecis (MT), onde os valores subiram 3,23%, com a saca negociada a R$ 16,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a valorização foi de 2,70% e a saca do cereal era cotada a R$ 19,00. Em contrapartida, na região de Jataí (GO), os valores exibiram ligeira perda de 0,50% e saca cotada a R$ 19,75. No Porto de Paranaguá, o preço também caiu 1,82% e saca do milho era negociada a R$ 27,00, para entrega em agosto de 2015. Bolsa de Chicago Na sessão desta quinta-feira (29), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram na estabilidade. As principais posições do cereal terminaram o pregão estáveis e, apenas o vencimento março/15 exibiu ligeira queda de 0,25 pontos. Nos últimos dias, o mercado tem trabalhado de lado diante da falta de informações. Porém, segundo relatam os analistas é uma situação normal para o final do mês de janeiro e, faz com os preços do milho operem de maneira mais técnica. Contudo a situação entre a oferta e a demanda é confortável variável que também limita um possível potencial de recuperação nos preços. Por outro lado, as estimativas para a safra da Argentina também são observadas pelo mercado. A expectativa é que a produção de milho fique entre 24 milhões a 26 milhões de toneladas nesta temporada. O número está acima da última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de 22 milhões de toneladas. Nesta quinta-feira, a Bolsa do país informou que o plantio da safra 2014/15 chegou a 95% da área estimada para esse ciclo até o dia 29 de janeiro. Em números absolutos, cerca de 2,8 milhões de hectares já foram cultivados. Do mesmo modo, o andamento da colheita no Brasil também tem a atenção dos investidores. Já os números das vendas para exportação, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), vieram dentro das expectativas dos participantes do mercado, entre 800 mil e 1,6 milhão de toneladas do grão. Até o dia 22 de janeiro, as vendas ficaram em 1.068,200 milhão de toneladas do grão. Em comparação com a semana passada, o percentual representa uma queda de 51%, já que no período, o número ficou em 2.185,4 milhões de toneladas. O principal comprador do milho norte-americano foi o Japão, com 440,1 mil toneladas. Para a safra nova, as vendas ficaram em 16 mil toneladas do grão. Para a safra 2014/15, a perspectiva do USDA é que sejam exportadas 44,45 milhões de toneladas. No acumulado, até a semana anterior, o volume comprometido chega a 30.346,3 milhões de toneladas. Fonte: Notícias Agrícolas (foto: assessoria/arquivo)

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