sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Diesel e energia mais caros elevam custo do arroz em seis sacas no RS
Na rizicultura irrigada o aumento dos gastos foi de R$ 218 por hectare
Os produtores gaúchos estão preocupados com o impacto que o aumento das contas de energia elétrica e do preço do diesel terá nos custos de produção da próxima safra. Um estudo feito pela Federação de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostra que os produtores de arroz vão precisar colher seis sacos a mais de arroz por hectare para cobrir o aumento das contas de energia e nos gastos com combustível. A alta de custo do cultivo do arroz irrigado foi calculada em R$ 218/hectare. A média geral foi de R$ 172/ha a mais nos custos de produção de lavouras irrigadas de milho, soja e arroz.
Antonio da Luz, economista da Farsul, diz que a entidade esta se antecipando aos problemas que serão enfrentados pelos produtores na próxima safra. Segundo ele, somente os aumentos na conta de energia elétrica representam R$ 178 a mais de custo por hectare na cultura do arroz. O diesel é responsável por outros R$ 40 de aumento, chegando ao crescimento de custo total de R$ 218 por hectare. O impacto é maior na cultura de arroz porque 100 da área cultivada é irrigada.
Ele observa que 100% da produção de arroz gaúcha é irrigada – e, consequentemente, todos os produtores serão afetados pelos aumentos -, em torno de 9% das lavouras de milho e 1% das de soja se encaixam no perfil, conforme dados da Comissão de Irrigantes da Farsul.
No caso do milho, que tem 9% das lavouras gaúchas irrigadas, aos preços atuais o produtor precisa colher sete sacos a mais por hectare para cobrir a alta de custos. O aumento total de custo ficou em R$ 173 por hectare. Apenas o encarecimento da energia elétrica representa R$ 165 a mais de custo por hectare nessa cultura, diz a Farsul.
No cultivo da soja, em que apenas 1% é irrigado, o produtor terá aumento R$ 172 nos gastos com energia elétrica e diesel. Para cobrir os gastos produtor terá que colher mais três sacos por hectare, levando em conta os preços atuais.
A Farsul critica o fato de as refinarias terem repassado para os consumidores o aumento de R$ 0,15 no imposto federal (Cide). Ele argumenta que as refinarias “teriam margem para absorver esse aumento, sem repassar ao produtor rural”, lembrando que o preço do barril de petróleo caiu de US$ 140 para os atuais US$ 45.
No caso da energia elétrica, a Farsul diz que os cálculos levaram em conta a alta consolidada em 2014 e os 37% de aumento previsto pelo Instituto Acende Brasil para 2015, “considerando o fim do subsídio ao setor elétrico, a elevação do preço de Itaipu e o reajuste anual”. A Farsul defende que o governo mantenha o subsídio ao setor elétrico no uso da energia no meio rural, “uma vez que os investimentos nas redes foram feitos pelos próprios agricultores”.
Data de Publicação: 30/01/2015 às 16:45hs
Fonte: Globo Rural
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Façamos uma análise dos produtores de arroz em nosso estado, alimento principal da cesta básica provém de pequenos produtores, os quais estão sem auxílio para continuar nesse setor produtivo.
ResponderExcluirA necessidade de subsídio esta clara, para qualquer recurso deve ser apresentado documentação que comprovam a renda da propriedade, com essas informações fica muito fácil projetar esse benefício tão merecido.