quarta-feira, 12 de julho de 2017

Artesanato de fibra de croá incentiva mercado da agricultura familiar no CE



Em Pindoguaba, distrito de Tianguá, no Ceará, homens e mulheres transformam fibras de croá em objetos de decoração e peças de uso pessoal, como bolsas e bijuterias


O clima seco da região do Semiárido e os espinhos da planta não desanimam os agricultores familiares. Eles retiram as fibras da mata, levam para secar ao sol, partem para tecelagem e, cinco dias depois, começam a montar os produtos. As peças maiores, podem demorar até 30 dias para ficarem prontas. Como reconhecimento ao trabalho da comunidade, a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico de Tianguá (Sade), apoia o projeto com incentivos locais. Além disso, o município organiza, uma vez por mês, feiras da agricultura familiar para expor os produtos e garantir a comercialização.
Abrir espaços de comercialização para os produtos da agricultura familiar é uma das prioridades da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). Hoje, garantir mercado para os produtores é um dos desafios do governo. A Sead tem apoiado iniciativas como a de Pindoguaba e viabilizado a presença dos agricultores em feiras, inclusive, as internacionais. Leia mais sobre este assunto neste link.
“Estamos juntos com a Sead como forma de incentivar as produções. E com esse reconhecimento do trabalho que a agricultura familiar faz, buscamos conseguir despertar neles o interesse de produzir cada vez mais”, afirma a secretária da Sade, Keila Aragão. A arte dos produtores da região é o sustento para a maioria das famílias.
A agricultora Irene da Silva, de 54 anos, trabalha há quatro anos na produção dos artesanatos. Segundo ela, a vida mudou desde que começou com o projeto, chamado “Flor do Croá”, em 2006. “A fibra do Croá me trouxe não só uma renda, mas a oportunidade de fazer novas amizades e de refazer a minha história de cada dia. Produzir é uma experiência motivadora”.
Assim como Irene, outras oito mulheres contam suas histórias por meio das peças decorativas. Três homens também integram o projeto. Francisco Pedro da Silva e Francisco Edvaldo da Silva são responsáveis por retirarem a fibra do croá e colocá-la para secar. Edvaldo também fica com a função de costureiro. Ele ajuda no projeto há mais de cinco anos. “Entrei no grupo fazendo apenas a parte de costura. Atualmente, ajudo na divulgação e no trançado da corda, quando temos pedidos mais urgentes. Como sempre abrimos espaço pra novas pessoas participarem, sempre tem gente com uma ideia nova”, acentuou.
Entre as peças estão: arranjos, bolsas, pastas, banners, jogos americanos, luminárias, cadeiras, abajures, porta-canetas, bijuterias, entre outros. A comercialização dos produtos é feita na própria loja da associação e em feiras de agricultura familiar que acontecem uma vez no mês.

Data de Publicação: 12/07/2017 às 07:40hs
Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário

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