Publicado em 02/09/2019 04:55 e atualizado em 02/09/2019 08:19
Pequenos negócios criaram, em julho, 95% das vagas de trabalho em todo país
O mercado de trabalho no Brasil atingiu, no trimestre encerrado em julho deste ano, um volume recorde de pessoas empregadas: 93,6 milhões. É o maior número da série histórica iniciada em 2012 e representa aumentos de 1,3% na comparação com o trimestre encerrado em abril deste ano e de 2,4% na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2018.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento foi puxado pelos empregados sem carteira assinada e pelos trabalhadores por conta própria.
Os trabalhadores sem carteira assinada chegaram a 11,7 milhões em julho, também um recorde na série histórica. A alta chegou a 3,9% em relação a abril (mais 441 mil pessoas) e a 5,6% em relação a julho de 2018 (mais 619 mil pessoas).
Os trabalhadores por conta própria somaram 24,2 milhões e também atingiram um contingente recorde, subindo nas duas comparações: 1,4% (mais 343 mil pessoas) ante abril e 5,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) ante julho de 2018.
A taxa de desemprego recuou para 11,8% em julho deste ano, abaixo dos 12,5% de abril deste ano e aos 12,3% de julho do ano passado.
A população fora da força de trabalho, ou seja, as pessoas que não estão nem trabalhando nem procurando emprego, chegou a 64,8 milhões em julho, estável em ambas comparações.
A população subutilizada (ou seja, que está desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego mas não estava disponível para a vaga) ficou em 28,1 milhões de pessoas em julho, estável em relação ao trimestre anterior e 2,6% superior a julho do ano passado.
A taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,6%, inferior aos 24,9% de abril e aos 24,4% de julho de 2018.
O total de pessoas desalentadas (aquelas que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,8 milhões, estável em ambas as comparações. Já o percentual de desalentados chegou a 4,4%, também estável.
O rendimento médio real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.286, uma queda de 1% ante o trimestre anterior e não teve variação significativa frente ao mesmo trimestre de 2018. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 208,6 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,2% (mais R$ 4,5 bilhões) frente ao mesmo período de 2018.
Pequenos negócios criaram, em julho, 95% das vagas de trabalho em todo país (Sebrae/SC)
Os pequenos negócios geraram 95% dos empregos em todo o país no mês de julho deste ano. Conforme levantamento do Sebrae, baseado em dados do Caged, o saldo positivo de postos de trabalho foi de cerca de 41,5 mil vagas com carteira assinada. No total, reunindo os números das médias e grandes corporações e os da Administração Pública, foram criados 43,8 mil empregos formais celetistas no Brasil. Santa Catarina liderou a geração de empregos entre os Estados do Sul, com 2.420 novas, o que colocou o Estado na quarta posição no ranking, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
De acordo com o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, os números são mais uma prova da força dos pequenos negócios no desenvolvimento econômico do país. “As micro e pequenas empresas são fundamentais nesse processo de retomada da economia, já que são a maioria na geração de emprego e renda. Por isso, trabalhamos cada vez mais para promover a melhoria do ambiente de negócios e da competitividade dessas empresas”, comenta.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2019, as micro e pequenas abriram 437,6 mil vagas, 2,4% acima do registrado pelo setor no mesmo período do ano passado. O total de vagas abertas pelos pequenos negócios é 50 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes empresas neste ano. Puxaram esse saldo positivo os pequenos negócios do setor de serviços, com 20 mil postos de trabalho, tendo destaque o ramo imobiliário (15,2 mil). Em seguida vem as micro e pequenas empresas da construção civil, com a geração de 14 mil novas vagas.
No acumulado de janeiro a julho deste ano, os pequenos negócios do setor de serviços também se destacam na geração de empregos, sendo responsáveis pela criação de 273,1 mil novos postos de trabalho, 62,4% do total de postos criados por esse nicho de empresas no período. Já as MPE ligadas ao comércio continuam registrando saldo negativo de emprego, com o fechamento de 44,1 mil vagas, o que significa que mais demitiram do que contrataram nos primeiros sete meses de 2019.
Fonte: Sebrae/SC
Fonte: Agência Brasil/Sebrae - SC
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