Publicado em 26/11/2019 15:22 e atualizado em 26/11/2019 16:02
Para o próximo ano, os custos de produção podem ficar mais elevados devido à reposição em alta e a dieta do animal. Atualmente, o boi magro em São Paulo está próximo de R$ 2.400 por cabeça e tem negócios acima desses patamares.
Felippe Reis - Analista da Scot Consultoria
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Entrevista com Felippe Reis - Analista da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo
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Com o aumento dos abates de fêmeas em alta nos últimos anos, os preços da reposição estão mais valorizados e vai impactar na margem de lucro do pecuarista. Além disso, as projeções de mercado apontam que as cotações do milho também podem estar em patamares maiores para o próximo ano.
Diante desse cenário, os pecuaristas precisam ficar atentos aos preços do boi e fazer planejamentos para o próximo ano. De acordo com o Analista da Scot Consultoria, Felippe Reis, a alta nas referências para o boi gordo não foi repassada totalmente para o pecuarista. “O planejamento vai ser a peça chave para o pecuarista. Geralmente, o pecuarista faz o seguro da caminhonete e esquece o rebanho, por isso uma oportunidade é buscar ferramentas de trava”, comentou.
O mercado de reposição registrou uma valorização acima do que foi observado para o boi gordo no primeiro semestre deste ano. “A relação de troca estava apertada nesta época do ano e esse cenário continuou até agosto. Agora o mercado do boi está com mais ganhos em função da valorização expressiva das últimas semanas”, relata.
Com relação à carne no atacado, o preço dos cortes de carne bovina vendidos no atacado pelos frigoríficos subiu 11,5%, em média. “Apesar da valorização, o varejo tem absorvido parte dessas altas já que não está conseguindo repassar com a mesma intensidade para o consumidor final. Isso pode ser um limitante para valorizações da arroba futuramente”, afirma.
O animal castrado está cotado a R$ 15,89/kg e na última semana ocorreu negócios acima desta referência, mas foram muito pontuais. “O mercado continua com preços firmes com a oferta restrita de animais e que tem influenciado esse cenário de valores altos em novembro”, destaca.
Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas
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