sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Milho: Bolsa de Chicago se movimenta pouco durante a semana de olho na colheita, clima e demanda



Publicado em 01/11/2019 17:23

Mercado Interno também apresenta tendência de estabilidade
A semana chega ao fim com estabilidade para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações máximas de 0,75 pontos negativos nesta sexta-feira (01).
O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,89 com desvalorização de 0,75 pontos, o março/20 valeu US$ 3,98 com queda de 0,25 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 4,04 com perda de 0,25 pontos e o julho/20 teve valor de US$ 4,10 com estabilidade.
Esses índices representaram queda, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,26% para o dezembro/19 e estabilidade para o março/20, maio/20 e julho/20.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (25), os futuros do milho acumularam ganhos de 0,78% no dezembro/19, 0,25% para o março/20 e 0,24% para o julho/20, além de estabilidade para o maio/20, na comparação dos últimos sete dias. 
Segundo informações da Agência Reuters, os preços do milho gaguejaram, já que o mercado continua sustentado por um ritmo lento da colheita nos Estados Unidos e uma tempestade de inverno nesta semana que trouxe neve para as planícies centrais e oeste do meio-oeste americano.
“Entre as pressões de colheita e venda de grãos nas últimas semanas, o mercado está lutando para encontrar elementos para alimentar as altas agora”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado agrícola do Zaner Group.
A IEG Vantage elevou suas estimativas de produção de milho nos EUA em 0,7% a partir de outubro, atingindo 13,792 bilhões de bushels (5,8 bilhões de toneladas), com base nos aumentos esperados na produção de milho, que agora estima em 168,5 bushels por acre (176,26 sacas por hectare).
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou ontem à tarde que os agricultores receberam uma média de US$ 3,80 por bushel de milho em setembro, que teve uma alta de 13 centavos a menos que em agosto, mas foi 40 centavos a mais em relação ao ano anterior.
E hoje, o departamento divulgou seu relatório de previsão de safras para 2020, que inclui cerca de 94,5 milhões de acres (38,2 milhões de hectares) de milho na próxima primavera. O relatório também espera que a produção média de milho atinja 178,5 bushels por acre (186,7 sacas por hectare) no próximo ano, o que criaria uma safra gigantesca totalizando 15,545 bilhões de bushels (6,5 bilhões de toneladas).
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas na praça de Campinas/SP (1,18% e preço de R$ 41,86).
Já as valorizações foram percebidas em Sorriso/MT balcão (5% e preço de R$ 21,00) e Sorriso/MT disponível (6,25% e prelo de R$ 25,50).
Veja mais cotações desta sexta-feira. 
A XP Investimentos apontou, em seu boletim diário, que o mercado de grãos encerra mais uma semana sob pressão de baixa nos preços, impactada pelas recentes quedas do dólar e a pouca força de Chicago.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, o pesquisador da área de milho do Cepea, André Sanches, indicou que a inversão da tendência do dólar, que caiu ante ao real, impactou na atratividade da exportação diminuindo os números embarcados a partir da segunda quinzena de outubro e impactando nos preços internos.
A partir de agora o mercado interno deve registrar certa estabilidade até o final do mês de janeiro, quando o cereal da safra de verão 2019/20 começará a entrar no mercado e aumentar a oferta. A não ser que alguma dificuldade climática apareça durante o desenvolvimento das lavouras, de acordo com Sanches.
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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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