Publicado em 27/11/2019 16:55 e atualizado em 27/11/2019 19:35
Analistas apontam tendência de alta para próximas semanas
A quarta-feira (27) chega ao final com desvalorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 4,75 e 5,25 pontos ao final do dia.
O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,62 com baixa de 4,75 pontos, o março/20 valeu US$ 3,73 com perda de 5,00 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 3,79 com desvalorização de 5,25 pontos e o julho/20 teve valor de US$ 3,84 com queda de 5,25 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,36% para o dezembro/19, de 1,32% para o março/20, de 1,30% para o maio/20 e de 1,29% para o julho/20.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram novamente, depois de cair na terça-feira, com os comerciantes ajustando as posições antes do feriado de Ação de Graças na quinta-feira, quando os mercados dos EUA fecharão. Os mercados de grãos reabrem para uma sessão reduzida na sexta-feira.
O site internacional Barchart destaca ainda que “na mais recente atualização da EIA, a demanda por milho voltou a ser otimista, com as quedas nos estoques de etanol superando os aumentos na produção”.
Neste mesmo sentido, a Kluis Commodity Advisors aponta que a tendência para o futuro das cotações é de alta.
“Um forte mercado de milho à vista combinado com esta nevasca em desenvolvimento pode ser suficiente para acender uma faísca no campo de altas. O relatório de progresso de colheita do USDA mostrou mais de 10 milhões de acres de milho ainda no campo nas Dakotas do Sul e do Norte, Minnesota, Wisconsin e Michigan. Com a grande tempestade de inverno a caminho do Dia de Ação de Graças, muito milho não chegará a ser colhido até o final de 2020”, disse Kluis aos clientes em nota diária”.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a quarta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram registradas desvalorizações.
Já as valorizações foram percebidas nas praças de Pato Branco/PR (1,40% e preço de R$ 36,20), Não-Me-Toque/RS (1,43% e preço de R$ 35,50), Ubiratã/PR (1,45% e preço de R$ 35,00), Londrina/PR (1,45% e preço de R$ 35,00), Dourados/MS (2,70% e preço de R$ 38,00), São Gabriel do Oeste/MS (2,70% e preço de R$ 38,00) e Sorriso/MT balcão (12% e preço de R$ 28,00).
Para a Radar Investimentos, “o interesse de venda por parte dos produtores é pequeno neste momento. Além disto, a firmeza do dólar também colabora para um menor interesse em negociar no mercado interno”.
Em sua nota diária, a Agrifatto Consultoria apontou que o mercado continua fortalecido, e apesar de ter alcançado patamares mais altos, o produtor segue resistente em novas vendas pela expectativa de novos reajustes positivos à frente.
“A percepção de nova rodada de altas fundamenta-se na maior necessidade de milho pelo setor de proteínas animais (especialmente pela maior participação do mercado externo), pelos estoques relativamente menores (forte exportação de milho nesta temporada) e ainda pela recente e expressiva valorização do dólar ante o real. Além disso, devemos destacar a importância do clima nos próximos meses, ou seja, eventuais problemas para a próxima safrinha de milho adicionariam um novo fator altista”, diz a publicação.
Confira como ficaram as cotações nesta quarta-feira:
>> MILHO
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
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