quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Rebanho bovino de Mato Grosso encolheu 1,8% em 2012, indica Acrimat

O rebanho bovino de Mato Grosso encolheu 1,8%, ou 522.815 cabeças, passando de 29.193.319 animais em 2011 para 28.670.468 ao final do ano passado. O balanço de 2012 apontou para um número de cabeças inferior ao de 2010, quando havia 28,769 milhões de bovinos no Estado. Os dados são do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), divulgados nesta quinta-feira (24/1) pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). De acordo com a Acrimat, em nota, essa diminuição era esperada devido ao aumento de participação das fêmeas no abate e à demanda por carnes. Em 2012, 46% dos animais abatidos eram fêmeas; em 2011 esta participação foi de 44% e, em 2010, de 34%. Luciano Vacari, superintendente da entidade, declarou, no comunicado, que os problemas com pastagem no Estado têm obrigado os produtores a abater suas fêmeas para reduzir o rebanho. "Em 2010 se iniciou um problema nos pastos por causa do ataque de cigarrinhas, que, somado à degradação, culminou na crise enfrentada hoje no campo. Sem a recuperação ou reforma do pasto nas propriedades, o futuro da pecuária fica comprometida no Estado", explicou. Ainda de acordo com a Acrimat, entre os anos de 2008 e 2011 houve uma redução de 3,47% da área de pastagem, que foi transformada em agricultura, passando de 26 milhões de hectares para 24,9 milhões de hectares. Porém, neste período, o rebanho passou de 26 milhões de animais para 29,1 milhões, o que mostra um esforço do pecuarista em aumentar sua produtividade em uma área disponível menor. Mesmo com o investimento em tecnologias que permitiram este ganho, Vacari chama a atenção para a queda da renda do pecuarista e os problema de pasto, duas condicionantes que podem influenciar o rebanho no Estado. Além disso, o superintendente reafirma a consequência principal do abate de fêmeas que é a falta de bezerros dentro de dois a três anos. "Mais do que o problema de pasto, o pecuarista ainda tem que lidar com a desvalorização dos bezerros e baixa rentabilidade do sistema de cria. Com isso a consequência é uma escassez de animais em poucos anos", declarou. A Acrimat ainda informou, também com base em dados do Indea-MT, que o Estado vacinou 99,35% dos animais contra a febre aftosa, resultado aquém do índice atingido em 2011, quando 99,5% foram vacinados. A queda no porcentual é consequência das chuvas em algumas regiões, que dificultaram o manejo dos animais ou a comunicação ao Indea

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