quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Embrapa detalha possibilidade de controle biológico em espécies florestais
Embrapa detalha possibilidade de controle biológico em espécies florestais
30/10/2013 08:55
O potencial de controle biológico de doenças de espécies florestais no Brasil e no Chile estará em debate entre os dias 5 e 7 de novembro. O assunto é tema de um curso organizado por pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Embrapa Florestas (Colombo, PR) e Universidad de Concepción (Chile), em Jaguariúna.
No primeiro dia, Álvaro Figueiredo dos Santos, pesquisador da Embrapa Florestas, irá abordar o tema patologia de sementes florestais: situação e perspectivas de controle. Santos irá tratar da demanda crescente dessas sementes, especialmente nativas, que requer, a cada dia, maior oferta. “A falta de informações na área de sementes florestais, incluindo desde o armazenamento adequado até a sua sanidade, tem levado ao comprometimento da qualidade, da produção e da comercialização de valiosas espécies florestais”, diz.
Essa palestra tem como objetivo a sistematização das informações disponíveis na literatura e a incorporação da experiência do autor em temas relacionados à associação, transmissão e patogenicidade de fungos das sementes florestais, doenças causadas por fungos de sementes, testes de detecção e possíveis tratamento de sementes.
Santos também irá abordar as doenças em palmeiras produtoras de palmito e seu controle. “O palmito é uma das mais apreciadas iguarias no Brasil e em diversos países do mundo”, explica. Segundo ele, até o início da década de 1980, a maior parte do palmito consumido no Brasil tinha como origem a juçara (Euterpe edulis Martius), nativa da região da Mata Atlântica, cuja área se estende do Sul da Bahia ao Norte do Rio Grande do Sul.
Porém, a exploração indiscriminada dessa planta quase causou sua extinção, levantando com isso objeções legais ao seu extrativismo. Uma das alternativas encontradas foi o cultivo de novas espécies de plantas produtoras de palmitos, entre elas está a pupunha (Bactris gasipaes). Na última década, o cultivo da pupunha para palmito alcançou aproximadamente 20 mil hectares no Brasil.
A pupunha pode ser hospedeira de diversos patógenos causadores de doenças. A palestra irá abordar aspectos sobre as várias doenças associadas à cultura, incluindo manchas foliares e podridões na base do estipe e dos frutos e formas de controle.
Logo após, Celso Garcia Auer, também pesquisador da Embrapa Florestas, falará sobre o uso do controle biológico para a Armilariose em Pinus. Posteriormente, Auer abordará as principais doenças em viveiros florestais de eucalipto, pinus e espécies nativas no Brasil. Serão discutidos os métodos e produtos disponíveis no mercado para o controle de doenças em viveiros florestais, dentre eles os envolvidos no controle biológico.
O segundo dia se inicia com palestra sobre doenças em Pinus e Eucalyptus no Chile (viveiro e campo), com Eugenio Sanfuentes, professor da Universidad de Concepción. Nessa palestra o Professor Sanfuentes apresentará os problemas existentes nessas duas importantes espécies florestais para o Chile, discutindo os diversos aspectos relacionados com o controle das doenças.
Depois, Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador do curso, falará sobre a situação do controle biológico de doenças de plantas na América Latina. Na ocasião, o pesquisador apresentará dados sobre o controle biológico nos países latino-americanos, bem como as perspectivas e problemas existentes nesses países. Também será abordada a indução de resistência a doenças de plantas pelo principal agente de biocontrole comercializado no mundo: Trichoderma.
No último dia, haverá discussão sobre controle biológico de doenças de espécies florestais no Chile: pesquisa e uso, com Eugenio Sanfuentes. Sanfuentes irá expor os resultados de suas pesquisas com o controle biológico de doenças em viveiros florestais, bem como o desenvolvimento de produtos biológicos para essas espécies florestais.
Fonte: Assessoria
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