quarta-feira, 30 de outubro de 2013
CNA diz que prioridade em logística é recuperar prejuízos
CNA diz que prioridade em logística é recuperar prejuízos
30/10/2013 09:09
Katia Abreu 5 2013 /
Recuperar os prejuízos dos últimos anos, quando a falta de projetos e de investimentos paralisou a infraestrutura do país, é a prioridade do governo e da iniciativa privada. “Nós temos que unir todas as forças para resolver o problema da logística”, afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu.
Ela participou, nesta terça-feira, em Brasília, do lançamento do Projeto Centro-Oeste Competitivo, estudo que faz uma radiografia da situação atual da infraestrutura de transporte da região e define os projetos prioritários e os investimentos necessários para sua implantação. Lembrou que o governo federal tem tentado resolver o problema a partir de um programa de concessões à iniciativa privada.
Contratado pela CNA e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com as federações da agricultura e pecuária e da indústria da região, o estudo divulgado hoje aponta para a necessidade de investimentos de R$ 36,4 bilhões em 106 projetos prioritários de infraestrutura. O objetivo é garantir o escoamento ágil e eficiente da produção do Distrito Federal e dos estados que integram a região Centro-Oeste.
Para a presidente da CNA, os modais de transporte do chamado Arco Norte, acima do Paralelo 16, precisam receber investimentos para reduzir os custos nacionais de frete. Os gastos com transporte dos produtos agropecuários aos portos subiram 204% no Brasil no período de 2003 a 2011, muito acima da variação registrada nos Estados Unidos (53,3%) e na Argentina (42,9%).
A região do Arco Norte responde por 56% da produção nacional de grãos. “Cerca de 86% desta produção são transportadas para os portos do Sul, Sudeste, principalmente, Santos, Paranaguá, a uma distância que varia de mil a dois mil quilômetros. Os gastos com transporte são elevados. Só 14% são escoados pelos portos da região Norte. Precisamos inverter esta tendência”, afirmou.
O licenciamento ambiental é um entrave para a melhoria da infraestrutura de logística, segundo a presidente da CNA. Isto porque a Portaria Interministerial 419 define que, além do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), outros órgãos da administração direta e indireta sejam ouvidos no processo de concessão das autorizações. “A burocracia é muito grande e as licenças não saem. O país está parado”, completou.
Fonte: Assessoria
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