quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Equipamento ajuda a reduzir o índice de mortalidade das bezerras em MG
Equipamento ajuda a reduzir o índice de mortalidade das bezerras em MG
02/10/2013 07h06
Equipamento ajuda a alimentar os bezerros com precisão e qualidade.
Bezerreiro eletrônico, controlado por comp
Os produtores de leite de Minas Gerais recorreram à tecnologia para diminuir o índice de mortalidade das bezerras. Um equipamento usado em algumas propriedades ajuda a alimentar os animais com precisão e qualidade.
A maior bacia leiteira de Minas Gerais fica na região de Pompéu, no Centro-Oeste do Estado. Uma das fazendas do município produz dez mil litros por dia. Mas a quantidade poderia ser maior se não ocorresse a morte de metade das bezerras. A produtora Dênia Manzalli investiu em tecnologia para diminuir a mortalidade dos animais.
O bezerreiro eletrônico é controlado por um computador e tem capacidade para atender 200 animais. Cada animal recebe um chip. Quando a bezerra se aproxima da central de alimentação, o computador faz a leitura do código do chip e só libera a quantidade exata de alimento para aquele momento. Tudo fica registrado. “Se o animal não está consumindo alimento é sinal de problema. Então, tento descobrir o que ele tem”, diz Dênia.
Nos primeiros seis meses, houve redução de 40% na mortalidade. Para evitar a fermentação do leite, problema mais comum no sistema convencional, antes da distribuição o alimento fica armazenado em um tanque a uma temperatura de 4º, ideal para a preservação de todos os nutrientes. Depois, o leite vai para um aquecedor, onde atinge de 39º a 40º, que é temperatura do úbere da vaca. Então, o leite segue em mangueiras até a central de alimentação. Nesse sistema as bezerras ficam soltas em piquetes.
O exercício faz o animal crescer mais saudável. A despesa com remédio caiu 80%. Também houve redução na mão de obra. Um funcionário faz o serviço que antes era executado por três pessoas.
Os benefícios também foram comprovados na fazenda em Prata, no triangulo mineiro. O agricultor Eire de Freitas foi um dos primeiros produtores de Minas Gerais a instalar o alimentador automático. Além da queda na mortalidade, ele conta que as bezerras ficaram mais fortes. "Uma bezerra que eu desmamava com cerca de 100 quilos, agora desmama com 130 quilos. Com isso, eu estou ganhando de dois a três meses, que à frente fará efeito. Ela vai penhar e produzir leite mais nova,” conta.
Um bezerreiro eletrônico para 200 animais custa cerca de R$ 200 mil. Com a redução das despesas e do índice de mortalidade das bezerras, o produtor pode recuperar o investimento em dois anos.
DO GLOBO RURAL
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