sexta-feira, 29 de agosto de 2014
29/08/2014 - 11:40
Presidente do DEM de Alto Araguaia é preso em operação contra desmatamento da PF
Da Redação - Viviane Petrol
O presidente do partido Democratas (DEM) de Alto Araguaia foi detido durante a Operação Castanheira, deflagrada na quarta-feira (27) em Novo Progresso, sudoeste do Pará, pela Polícia Federal. A operação investiga crimes e irregularidades ligadas ao desmatamento ilegal. De 14 mandados de prisão expedidos oito foram cumpridos, sendo um em Alto Araguaia, em Mato Grosso. Conforme a Polícia Federal, no Pará, em Alto Araguaia foi detido Freud Fraga dos Santos, presidente do partido Democratas (DEM) da cidade e suplente do Sindicato Rural do município. Além dele, seis pessoas foram detidas no Pará e uma em São José do Rio Preto em São Paulo.
Segundo a Polícia Federal, os investigados na Operação Castanheira são considerados os maiores desmatadores da Floresta Amazônica e o dano ambiental provocado pela ação dos mesmos ultrapassa os R$ 500 milhões, de acordo com as investigações. Até o momento as medições mostram 15,5 mil hectares de desmatamento.
A ação, pontua a Polícia Federal do Pará, teve como objetivo desarticular organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais na cidade de Novo Progresso. Ao todo 40 mandados judiciais são cumpridos, sendo 22 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e 4 mandados de condução coercitiva. Além de Novo Progresso no Pará, diligências foram realizadas em Mato Grosso (Alto Araguaia), São Paulo e no Paraná.
"Investigações apontaram que a quadrilha agia invadindo terras públicas (dentre elas, a Floresta Nacional do Jamanxim) e realizava desmatamentos e queimadas para formação de pastos. Posteriormente a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas", declara a Polícia Federal do Pará em nota.
Conforme o Ministério Público Federal no Pará, a "quadrilha" atuava na BR-163, que concentra aproximadamente 10% do desmatamento realizado na região nos últimos dois anos. Os investigados deverão ser indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, furto, sonegação fiscal, crimes ambientais, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A Operação Castanheira foi realizada em conjunto pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal, Receita Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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