quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Governador destaca consolidação da cadeia produtiva da energia eólica na Bahia
Com 132 projetos de parques previstos e em operação, a Bahia confirma o grande potencial no setor de geração de energia eólica graças à capacidade de gerar 3,2 gigawatts
Com 132 projetos de parques previstos e em operação, a Bahia confirma o grande potencial no setor de geração de energia eólica graças à capacidade de gerar 3,2 gigawatts, que representam investimentos de R$ 12 bilhões. O fortalecimento da cadeia produtiva da fonte energética gerada a partir do vento foi destacado, nesta terça-feira (26), pelo governador Jaques Wagner, ao abrir o Brazil Windpower 2014, que continua até quinta (28), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.
A quinta edição do maior evento ligado à energia eólica da América Latina reúne os principais órgãos, empresas, investidores e pesquisadores do setor. Também participaram da abertura do encontro os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, e do Meio Ambiente, Eugênio Spengler.
Na ocasião, Wagner foi homenageado pela atuação na atração de investimentos para a instalação de parques e indústrias de equipamentos eólicos na Bahia. “É motivadora e desafiadora a energia renovável e limpa, que é a energia eólica. Agradeço pela honraria pelo segundo ano consecutivo. Efetivamente quando chegamos [ao governo], em 2007, não havia projeto [na área de energia eólica] apesar das fontes de vento privilegiadas, com produtividade como aqueles que já investem sabem”.
Segundo o governador, “sete anos depois, temos projetos instalados e a instalar no estado, o que representa uma mudança de qualidade na vida do povo do sertão baiano, do semiárido. Além do emprego gerado diretamente, temos a melhoria [de vida] com a energia instalada em terrenos de pequenos produtores. É importante para quem vive apenas da produção rural”.
Meta
A Bahia já dispõe de 10 gigawatts licenciados para os próximos anos, com a meta de gerar 5 gigawatts, ou 25% de toda energia eólica produzida no país até 2020. Com o anúncio da fábrica de torres metálicas da Alstom, na região de Jacobina, que receberá investimentos de R$ 86 milhões, chega a sete o número de produtores de equipamentos instalados no estado.
Fornecedora global de equipamentos e soluções para geração de energia, a Alstom vai criar, em parceria com a Andrade Gutierrez, o empreendimento conjunto Torres Eólicas do Nordeste (TEN). O projeto prevê a construção e operação de uma fábrica de torres de aço para aerogeradores próximo aos parques eólicos da região, descentralizando a produção deste componente no estado.
A Alstom já opera uma fábrica de aerogeradores em Camaçari e aumentou a capacidade de geração por meio de parceria com o parque eólico da Renova Energia, totalizando investimentos de R$ 2,5 bilhões. Além da francesa Alstom, estão em operação na Bahia as espanholas Gamesa (caixa do rotor de aerogeradores), Acciona (cubos eólicos), Torrebras (torres para turbinas) e a brasileira Tecsis (pás e geradores).
Potencial
“O vento baiano é um dos mais nobres e, desde o início, apontamos que a Bahia seria o centro estratégico eólico para a Alstom, não só pelo mercado potencial, mas também por ter um centro tecnológico como o Senai/Cimatec e mão de obra muito bem desenvolvida”, ressaltou o diretor da empresa, Roberto Miranda.
A Bahia participa também de um programa de formação de mão de obra em energia eólica, com investimento de R$ 3,6 milhões, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento.
Na área de pesquisa e suporte à cadeia produtiva, o governo estadual realizou, em 2013, a atualização do Atlas Eólico do Estado da Bahia, utilizando novas tecnologias para indicar as melhores áreas de potencial eólico no território baiano e as principais características do vento a até 150 metros de altura.
O estudo identificou sete áreas com grande potencial eólico - Serra do Sobradinho, Serra Azul, Morro do Chapéu, Serra da Jacobina, Serra do Estreito, Caetité e Novo Horizonte, este último o ponto mais alto da Bahia.
Data de Publicação: 28/08/2014 às 16:50hs
Fonte: Secom Bahia
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