quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Queda no preço do milho favorece a produção de etanol a partir do grão
Em MT, usina está comprando matéria-prima e fazendo estoque. Ao todo, 100 mil t do grão devem ser moídos, alta de 35% sobre 2013.
A queda no preço do milho vai favorecer a produção de etanol a partir do grão. Uma usina de Mato Grosso está comprando mais matéria-prima e aproveitando para fazer estoque.
Pelo menos 40 caminhões descarregam milho todos os dias em uma usina em Campos de Júlio. O milho é usado na produção de etanol.
A usina deve moer 100 mil toneladas do grão, o suficiente para produzir quase 45 milhões de litros do combustível, alta de 35% em relação ao ano passado. A produção vai crescer porque o preço do milho está menor e a usina pode comprar mais e aproveitou para fazer um bom estoque.
Luiz Tatim é um dos agricultores que negocia com a usina. Ele vendeu antecipadamente parte da safra, por um preço melhor e agora está frustrado por não ter negociado toda a produção.
"Fizemos um contrato futuro com 1/3 da nossa produção baseado no preço de R$ 16,50 a saca porque almejávamos um preço melhor posteriormente. Hoje me arrependo de não ter vendido mais", lamenta.
Mas o problema não para por aí. Não há lugar para armazenar todo o milho colhido e os agricultores não poderão segurar a safra a espera de uma reação dos preços lá na frente, o que preocupa Cláudio Scariote, de Sapezal.
Ao todo, 40% de toda produção foi vendida antecipadamente para as empresas multinacionais a R$ 16 em dezembro do ano passado. O restante ainda espera para ser negociado, só que já falta espaço. O local, por exemplo, onde os caminhões descarregam o grão já está praticamente lotado.
A saca de milho em Spezal está em torno de R$ 11,50 e o agricultor diz que não compensa vender para usina por causa do frete, já que a unidade está a 90 quilômetros de distância da fazenda. Procurando alternativas, Cláudio resolveu ensacar os grãos e, assim, receber um pouco mais pela saca.
Em dois meses, a queda no preço do milho, em Mato Grosso, foi de 44%, segundo o Instituto Mato Grossensse de Economia Agropecuária.
Data de Publicação: 28/08/2014 às 19:50hs
Fonte: Globo Rural
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