quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Estiagem reduz produção de conilon em 20%

Carro-chefe da economia agrícola capixaba, o café conilon tem sido a cultura mais atingida pela seca
Com algumas regiões sem chuva há mais de 40 dias, os produtores preveem, para este ano, uma safra 20% menor do que a colheita passada. Isso significa perda de R$ 960 milhões, segundo projeções da Seag. Segundo o engenheiro agrônomo da Federação da Agricultura, Murilo Pedroni, os prejuízos são piores do que os apontados pelo governo. “Senão chover até fevereiro, 50% da safra docafé está condenada. Isso deve acontecer especialmente no Sul, onde é menor número deáreas irrigadas”, disse. Diante da seca, agricultores que contam com café estocado estão evitando vender o produto, pois esperam que o preço da saca tenha melhora significativa nos próximos dias. “O pro du torque t em mais folga financeira está segurando o quanto pode”, explica o presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória, Jorge Luiz Nicchio. Os compradores, completa Nicchio, já enfrentam dificuldade para encontrar café no mercado. Isso fez com que, em poucos dias, o valor da saca saltasse de R$ 265 para R$ 280. “Oprodutor sabe que a produção vai cai requer guardar o café pa ra poder jogar com o preço. O valor psicológico já é de R$ 300a saca”, afirma Nicchio. Segundo o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e coordenador do programa estadual de cafeicultura, Romário Gava Ferrão, o Estado tem enfrentado altas temperaturas e a insolação, o que leva ao estresse da planta. Como mais da metade do conilon plantado no Estado é irrigado, e os reservatórios baixaram muito, os produtores não têm disponibilizado a quantidadede água exigida pela planta. Soma-se ao problema o fato deo período de seca ter coincididocoma fase em que a planta mais depende de água para encher os grãos. “Essa situação pode provocar o chochamento do café e a formação de grãos menores, com menor peso”, frisa Ferrão. Na primeira estimativa de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com base em dados de novembro e dezembrode 2014, estimou-se perda de 10% a 15%. No entanto, comoa seca persistiu em janeiro, a projeção da Conab ficou “defasada”, diz Nicchio. A produção capixaba de conilon em 2014 foi recorde, de 9,9milhões de sacas. Para 2015, a Conab previa 8, 5 milhões de sacas, mas a seca prolongada deverá provocar uma perda maior, cerca de 2 milhões de sacas a menos. Data de Publicação: 29/01/2015 às 17:15hs Fonte: A Gazeta

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