quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Abertura de mercados não irá causar apagão na pecuária, afirma Acrimat



A abertura de novos mercados, como é o caso dos Estados Unidos e da Malásia, não deverá provocar “apagão” de bovinos em Mato Grosso e no Brasil




A afirmação é da Associação os Criadores de Mato Grosso (Acrimat). A perspectiva é que haja um estímulo para o aumento da produção, principalmente através de semi-confinamento e confinamento.
“Nós não enxergamos que a importação por parte dos outros países vai concorrer ou vai promover um apagão da carne. Muito pelo contrario, nós vamos ter é um aumento dos preços pagos aos produtores e com isso estimula a produção”, pontua o superintendente da Acrimat, Francisco Manzi, ao Agro Olhar.
Mato Grosso é detentor do maior rebanho bovino brasileiro com em torno de 29,5 milhões de cabeças e um abate anual que varia de 4,5 milhões de cabeças a 5,5 milhões.
A abertura de novos mercados para a carne bovina brasileira, em especial a mato-grossense, é vista com bons olhos pelos pecuaristas e um estimulo para a produção. Segundo o setor, novos mercados abrindo suas portas significa reconhecimento pelo trabalho realizado pelo produtor na busca de qualidade e principalmente pela sanidade animal, atendendo todas as exigências sanitárias.
Os Estados Unidos, tanto para pecuaristas quanto para a indústria frigorífica, significa uma ISO para a cadeia produtiva. Considerado um mercado exigente e difícil (negociação), os Estados Unidos é tido como uma porta para novos clientes.
"Nós acreditamos que tendo uma maior demanda haverá um maior estimulo para que nós pecuaristas ofertemos animais. Temos capacidade de produzir hoje com intensificação, com semi-confinamento e confinamento. Com o grande rebanho que nós temos, há sim condições de atender tanto ao mercado interno quanto o externo", comenta Manzi.
Do volume abatido ao longo do ano, 75% da carne produzida em Mato Grosso fica no mercado interno. Os demais 25% seguem para mercados como da União Europeia, do Oriente Médio, China, Rússia, Venezuela, entre outros.
"Com a intensificação você pode facilmente dobrar a produção com o semi-confinamento e confinamento. Você tendo um preço mais atrativo a conta começa a fechar e aí um animal que é pasto que demoraria três anos para ir ao abate mais ou menos, no confinamento dali um ano a mesmo ele estaria pronto para o abate”, friza Manzi.
Indústria otimista
A indústria frigorífica, assim como os pecuaristas, apresentam otimismo com a abertura de novos mercados. "São mais alternativas", observa o diretor Presidente da Marfrig Global Foods, Martin Secco, em entrevista exclusiva ao Agro Olhar.
Conforme diretor Presidente da Marfrig Global Foods, mais opções de mercados para exportação pode auxiliar a minimizar o decréscimo de embarques por parte de alguns países que passam por problemas de inconformidades e/ou econômicos, como é o caso da Venezuela ou da Rússia, que mesmo tendo liberado os embarques após suspensão de aproximadamente quatro anos devido a “inconformidades sanitárias”, segue apresentando baixa aquisição.



Data de Publicação: 29/09/2016 às 16:00hs
Fonte: Agro Olhar

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