sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Presidente do Deutsche Bank tenta tranquilizar equipe

30/09/2016 09h32 - Atualizado em 30/09/2016 09h33



Presidente do Deutsche Bank tenta tranquilizar equipe






Ações do maior banco da Alemanha atingiram mínima histórica. 
Mercados europeus atingiram mínima de 8 semanas.

Da Reuters



Sede do Deutsche Bank na Alemanha (Foto: Ralph Orlowski/Reuters)Sede do Deutsche Bank na Alemanha (Foto: Ralph Orlowski/Reuters)
O presidente-executivo do Deutsche Bank, John Cryan, procurou nesta sexta-feira (30) tranquilizar sua equipe depois que as ações do maior banco da Alemanha atingiram mínima histórica diante de renovadas preocupações sobre a estabilidade da instituição.
Cryan afirmou que entende que os funcionários do banco estejam desconfortáveis com a ampla especulação na imprensa de que alguns clientes de fundos de hedge tiraram recursos do grupo, mas afirmou que o Deutsche Bank é sólido e tem mais de 20 milhões de clientes.
"Há forças agindo agora no mercado que querem enfraquecer a confiança em nós", disse Cryan em comunicado interno enviado aos funcionários do Deutsche Bank e obtido pela Reuters.
"Nosso trabalho é assegurar que esta percepção distorcida não terá influência mais forte sobre nosso dia-a-dia", acrescentou.
A causa imediata sobre as especulações em torno do Deutsche Bank é uma multa de até US$ 14 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre negócios do banco com venda de títulos atrelados a hipotecas.
A incerteza sobre os desdobramentos do caso não é razão para a ação do Deutsche Bank estar sob pressão, considerando os acordos acertados por rivais do banco por valores menores, disse Cryan no comunicado aos funcionários.
Mercados europeus
Os mercados europeus caíam acentuadamente nesta sexta-feira, atingindo a mínima de oito semanas, com novas preocupações sobre a estabilidade do Deutsche Bank pressionando as ações do setor bancário.
Às 8h27 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 caía 1,03 por cento, a 1.336 pontos. O índice pan-europeu STOXX 600 apresentava recuo de 1,02%, a 339 pontos, tendo atingido a mínima desde o início de agosto durante a sessão.
O índice bancário europeu do STOXX caía 2,67%, a maior queda setorial.
O Deutsche Bank caía 5%, mas seu papel chegou a ir abaixo de 10 euros pela primeira vez na história, após a Bloomberg informar que vários fundos de hedge que fazem operações de derivativos com o banco resgataram excesso de capital e ajustaram posições no banco, sinal de que estão receosos em fazer negócios com ele.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuava 0,94%, a 6.854 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX caía 1,14%, a 10.286 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 perdia 1,53%, a 4.375 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 1,65 por cento, a 16.069 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava baixa de 2,01 por cento, a 8.619 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizava-se 1,13 por cento, a 4.553 pontos.


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