quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Chicago: soja e milho operam com ligeiras baixas
Chicago: soja e milho operam com ligeiras baixas
29/08/2013 07:40
As cotações futuras da soja operam do lado negativo da tabela no pregão eletrônico desta quinta-feira (29), na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h24 (horário de Brasília), os principais contratos da commodity exibiam ligeiras quedas entre 2,25 e 5,50 pontos. No milho, as perdas eram de 0,50 e 3,25 pontos nos principais contratos. Já os futuros do trigo exibiam baixas de mais de 1 ponto nos contratos mais negociados.
O mercado internacional de grãos permanece acompanhando as previsões climáticas nos EUA, que podem comprometer, ainda mais, o rendimento das lavouras do país. Nesta quarta-feira (28), alguns mapas já apontavam para possíveis chuvas em algumas regiões produtoras do país, a partir de hoje. Entretanto, segundo analistas, as precipitações ainda não seriam suficientes para amenizar a situação de stress hídrico das plantações norte-americanas.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira (28):
Soja: Clima seco nos EUA sustenta preços na Bolsa de Chicago
Nesta quarta-feira (28), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia do lado positivo da tabela, após um pregão de intensa volatilidade. As principais posições da commodity registraram ganhos entre 2,25 e 19 pontos. O contrato setembro/13 encerrou a sessão cotado a US$ 14,33/bushel. Os futuros do milho fecharam a sessão em campo misto e, apenas, o vencimento setembro/13 conseguiu se manter em alta. Já os preços do trigo, exibiram quedas de mais de 4 pontos nas principais posições.
As preocupações com as altas temperaturas e o clima mais seco no Meio-Oeste norte-americano ainda é fator de sustentação aos preços futuros em Chicago. O analista de mercado Jefferies, Stefan Tomkiw, destaca que o mercado continua monitorando as previsões climáticas e mesmo com indicações de possíveis chuvas em algumas regiões produtoras no país, a partir desta quinta-feira (29), não descontou os prêmios de clima adicionados às cotações recentemente.
“O mercado permanece firme, uma vez que os traders preferem aguardar uma consolidação das previsões para depois devolver esses prêmios, que foram adicionados”, diz Tomkiw. Apesar desse cenário, os analistas sinalizam que as precipitações podem aliviar as condições das lavouras, no entanto, não seriam suficientes para resolver a situação. E diante das adversidades climáticas, a consultoria Lanworth revisou para baixo as projeções para a safra de milho e soja dos EUA pela segunda vez nos últimos oito dias.
A produtividade das lavouras do cereal deverá ser de 161,3 sacas por hectare, contra 166,4 sacas por hectare projetadas na semana anterior. Enquanto que na oleaginosa, o número deve alcançar 46,2 sacas por hectare, frente às 47,1 estimadas anteriormente pela consultoria. Também existe a preocupação com possíveis geadas precoces que podem agravar ainda mais as condições das lavouras.
“Creio que existem dois extremos, com a manutenção desse padrão climático, com o clima mais seco e temperaturas acima da média existe um potencial do mercado precificar mais perdas. Porém, com a regularidade das chuvas, o mercado pode recuar e devolver os prêmios climáticos. Somente, nas duas últimas semanas o mercado da soja puxou quase US$ 2 dólares”, afirma Tomkiw.
Além disso, o analista ressalta que os atuais patamares de preços já precificam uma produtividade em torno de 45,3 sacas por hectare para a soja. E uma nova mudança no nível de preços só aconteceria com perdas mais expressivas na produção norte-americana.
Paralelo a esse quadro, a demanda pela soja norte-americana permanece aquecida, situação que também contribuiu para dar suporte aos preços futuros. Ainda nesta quarta-feira (28), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 120 mil toneladas de soja em grão para a China. O volume deverá ser entregue na temporada 2013/14.
Fonte: Notícias Agrícolas /Fernanda Custódio
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