quinta-feira, 29 de agosto de 2013
MST bloqueia BR-163 no Nortão pelo 4º dia seguido e fecha desvio
MST bloqueia BR-163 no Nortão pelo 4º dia seguido e fecha desvio
29/08/2013 09:18
Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) bloquearam a BR-163, agora há pouco, no quilômetro 890, a cerca de 30 quilômetros de Sinop, sentido Itaúba. Este é o quarto dia seguido de manifesto e apenas ambulâncias e viaturas policiais podem passar. Um dos representantes disse, ao Só Notícias, que a pista não deve ser liberada temporariamente às 12h, como ocorreu nos últimos dias, já que não houve avanço nas negociações com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Policiais rodoviários federais estão no local.
Uma fonte de Só Notícias informou que, ontem à tarde, tentou passar por um desvio, pelo município de Claudia, nas proximidades de um assentamento, para voltar a BR-163 e continuar viagem. Mas tinha "sem terra com foice e facão e tronco de árvore na estarda impedindo a passagem. É vergonhoso isto. Estão atrasando e impedindo de trabalhar muita gente que nada tem a ver com os problemas deles. O que é mais lamentável é que as autoridades policiais, do Ministério Público e do Judiciário nada fazem", criticou.
Conforme Só Notícias já informou, o manifesto acaba prejudicando centenas de pessoas que trafegam pela rodovia que liga o Nortão a capital. Caminhões com cargas (algumas perecíveis) ônibus, profissionais liberais e muitos outros acabam tendo atrasos na viagem.
O coordenador do movimento, Marciano da Silva, já afirmou que o manifesto deve seguir até o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atender as reivindicações. O bloqueio seria para cobrar do Instituto agilidade no cumprimento do acordo firmado, que resultou na suspensão dos bloqueios no final de junho. É protesto também é contra o leilão da usina de Sinop, marcada para hoje, antes que assentados atingidos sejam indenizados.
Uma das definições no acordo feito com o Incra foi a visita de técnicos no assentamento 12 de Outubro para agilização da regularização fundiária. Ela realmente aconteceu, mas, segundo Marciano da Silva, deixou a desejar. "Eles vieram e não ficaram 30 minutos no local. Vimos que tudo vai continuar do mesmo jeito", destacou. Cerca de 200 famílias residem no assentamento.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias/Editoria com Weverton Correa
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