sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Seca intensa provoca falta de água para lavouras e animais no sertão de AL
Seca intensa provoca falta de água para lavouras e animais no sertão de AL
27/09/2013 07h04
No sertão do estado, estiagem prejud
No município de Pariconha, alto sertão de Alagoas, durante a estação das chuvas, que vai de maio a agosto, quem predominou foi o sol e a estiagem, que já era intensa, está se prolongando.
A situação é mais crítica perto da divisa com o estado de Pernambuco, uma região onde a vegetação a cada dia está mais seca. Só mesmo o verde dos cactus se mantém vivo em meio às altas temperaturas.
Em Pariconha choveu tão pouco no inverno que não deu sequer para juntar água nos açudes e barreiros. A água armazenada em reservatórios serve para matar a sede dos animais de criação. O volume de chuva, este ano, foi um terço do esperado pelos agricultores.
O barreiro comunitário do povoado Vieira Moxotó também está completamente seco, para a tristeza dos moradores.
Petronilo dos Reis mostra a situação do Rio Moxotó após o inverno. O rio é temporário, só tem água no período chuvoso, e divide os estados de Alagoas e Pernambuco.
Diferente de outras épocas, nem mesmo cavando ele conseguiu retirar água do fundo do leito e esta era a alternativa que restava para dar de beber ao pequeno rebanho de cabras. O criador já teve que se desfazer das poucas cabeças de gado que possuia para não ver os animais morrerem de sede e teme pelos próximos meses. A única água que a família dispõe é a da cisterna, fornecida pelos caminhões-pipa.
Em um assentamento onde vivem 100 famílias de agricultores, Maria José de Jesus mostra a produção de feijão de todo o período do inverno: 240 quilos, menos de 20% do que ela imaginava colher. A palha seca do feijão e dos pés de milho que não resistiram ao calor, Maria José dá ao gado. Está sendo muito difícil conseguir água.
Em Santana do Ipanema, as chuvas mudaram a cor da vegetação e deixaram alguns reservatórios com um pequeno volume de água, mas o coordenador da Defesa Civil, Edmilson Silva, alerta: as reservas de água não vão durar muito tempo.
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Pariconha
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