quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Mercado de sementes de forrageiras está mais enxuto e segmentado

01/01/2015 17h07 - Atualizado em 01/01/2015 17h07 Mercado de sementes de forrageiras está mais enxuto e segmentado Área destinada à cultura diminui 20% no estado, segundo Aprosmat. Produtores estão atentos a nichos de mercado da pecuária. Do G1 MT
O plantio de forrageiras foi concluído em Mato Grosso no final de dezembro. O mercado para as sementes de forrageiras está mais enxuto e segmentado. Nos últimos cinco anos, as áreas destinadas à produção de sementes de forrageiras no Estado diminuíram. Para a safra atual, a redução deve ser de 20%, passando de 18 mil hectares na safra 2013/14 para os atuais 15 mil hectares, de acordo com a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat). Nesta safra, Gutemberg Carvalho Silveira, produtor de sementes em Itiquira, região Sudeste, plantou 13 mil hectares com a cultura, área que é 500 hectares menor que na safra passada. Ele produz as sementes há 20 anos e aponta como motivos da redução, os custos da atividade, que são em torno de 2,7 mil por hectare, e a queda da demanda, que não absorveu toda a produção no ano passado. A expectativa para a produtividade em sua fazenda é de 700 quilos por hectare nesta safra. “Mesmo com a redução de área, pode ser que o volume de sementes oriundos dessas áreas que são menores vai ficar no mesmo patamar que as áreas maiores. Mas isso varia, nesses últimos anos a redução da área e a produtividade têm contribuído para que fique equiparado compensando essa redução de área”, afirma.
A produção da fazenda é vendida por atacado, para empresas de Mato Grosso e também de outros estados, e no varejo diretamente para o consumidor final. Mesmo que os investimentos tenham sido menores este ano, o produtor não vê o mercado se reduzindo e acredita na recuperação da atividade e em uma demanda específica. “Existe muita reforma de pastagens que é o mercado hoje. E a agricultura hoje é um grande consumidor de sementes de forrageiras. É um mercado em expansão e tem dado resultado de produtividade das lavouras plantadas em cima das áreas com cobertura de forrageiras”, destaca. No mesmo município, o produtor Pierre Patriat seu portfólio de sementes de olho no destino da produção. Ele manteve a área plantada, mas investiu em novas cultivares de capins braquiária e panicum. Ele conta que, nesses últimos anos, está com três lançamentos de cultivar diferentes e, no ano que vem, terá mais dois lançamentos que vão se adequar ao mercado. “Não existe uma cultivar que vai resolver o problema da pecuária do Brasil e do Sul a Norte. Tudo são nichos de mercado, adaptações locais, a demanda locais”, afirma. De olho no futuro do mercado, que está cada vez mais especializado, o produtor acredita que aumentar a lista de sementes ofertadas significa ter maiores chances de atender às necessidades do campo. “Cada cultivar hoje tem uma especificidade e pecuária tradicional de cria, pecuária lavoura, pecuária floresta, cada um tem um destino mais ou menos certo”, explica Patriat. Em outra propriedade no município de Tesouro, também na região Sudeste do estado, o produtor Mario Massakita Takeda também optou por manter a mesma área de capim braquiária da safra anterior. São mil hectares destinados ao cultivo de sementes de forrageiras. O que trouxe preocupações para ele foi o atraso de 30 dias no período de semeadura da soja, o que atrapalhou o cronograma da propriedade, pois a semeadura das forrageiras é feita logo depois com os mesmos equipamentos. Os clientes de Takeda são empresas de São Paulo, que pagam de R$ 4 a R$ 6 por quilo das sementes. tópicos: Brasil, Itiquira, Mato Grosso, São Paulo veja também

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