Publicado em 26/11/2019 17:39 e atualizado em 26/11/2019 18:46
Chineses estão estacionados nos portos brasileiros, focados no produto nacional tanto da safra velha, quanto da safra nova. Portos têm preços acima dos R$ 90/saca para o restante da oferta 2018/19. Chicago perde os US$ 9,00 por bushel diante da falta de demanda por conta da continuidade da guerra comercial.
Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado
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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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Os preços da soja seguem firmes no Brasil apoiados pela combinação de um dólar ainda bastante alto e de prêmios em elevação no país. Como explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, os chineses estão "estacionados" nos portos brasileiros buscando a oleaginosa nacional, o que além de motivar essa alta dos prêmios ainda ainda ajuda a pressionar as cotações na Bolsa de Chicago.
"O real desvalorizado aqui no Brasil também chama a atenção dos chineses. A nossa está muito competitiva e isso acaba pesando também sobre os preços em Chicago", explica Gutierrez. O analista acredita ainda que a fase um do acordo entre China e EUA não deva sair ainda em 2019 e alerta ainda para novas baixas que podem ser observadas na CBOT caso o aumento das tarifas americanas sobre produtos chineses previsto para 15 de dezembro seja efetivado.
A moeda americana fechou o dia valendo R$ 4,2398 reais na venda, com alta de 0,59%. Durante o pregão, a divisa chegou a superar os R$ 4,27.
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"No entanto, acredito que haja tempo hábil para que isso não aconteça e o mercado não trabalhe em níveis muito mais baixos", diz.
Tais incertezas, entretanto, ainda são combustível para essa demanda concentrada da nação asiática no mercado do Brasil, o que resulta em prêmios para a soja da safra velha em 100 cents de dólar por bushel acima dos preços de Chicago, e de 45 cents quando se trata da safra nova. Assim, os valores da saca no disponível, base porto, superam os R$ 90,00 e para a safra nova têm referências na casa dos R$ 87,00.
E por isso é que "o produtor tem que se manter no mercado, o momento é muito oportuno", explica o analista da Safras & Mercado. Afinal, para o executivo o primeiro semestre pode trazer alguns riscos para o produtor brasileiro, como um acordo entre China e Estados Unidos, o dólar mais baixo ou os preços e prêmios pressionados em função da colheita brasileira.
Na Reuters: Após flertar com R$4,28, dólar crava novos recordes históricos em sessão de atuação do BC
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar até desacelerou a alta depois de dois leilões extraordinários promovidos pelo Banco Central no mercado à vista, mas ainda assim fechou com folga em nova máxima recorde nesta terça-feira, depois de ao longo do pregão disparar a quase 4,28 reais e cravar novo pico histórico também para o intradia.
A onda de compra de moeda foi deflagrada depois de declarações dadas na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, indicando que o dólar alto veio para ficar.
A força da moeda, contudo, também teve como respaldo a percepção de que o Banco Central estava hesitando em atuar no mercado cambial, o que forçou duas intervenções da autoridade monetária no mercado à vista.
No mercado interbancário, cujas operações se encerram às 17h, o dólar fechou em alta de 0,59%, a 4,2398 reais na venda, mais de 2 centavos acima da máxima anterior --de 4,2150 reais na venda, marcada na véspera.
Durante os negócios, a cotação cravou 4,2785 reais na venda. Na compra, a moeda foi a 4,2770 reais, superando com folga a taxa de 4,2482 reais na compra alcançada em 24 de setembro de 2015, quando os mercados domésticos sofriam com forte volatilidade logo depois de a S&P retirar do Brasil o grau de investimento.
Na B3, em que as operações vão até as 18h15, o contrato de dólar mais negociado subia 0,27%, a 4,2400 reais, após máxima de 4,2775 reais.
(Por José de Castro)
Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas
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