Publicado em 27/04/2020 18:17 e atualizado em 27/04/2020 19:57
Fernando Pinheiro Pedro - Jornalista, analista do NA
Analise da notícia, com Fernando Pinheiro Pedro
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Enquanto o Mundo se acaba, o agro trabalha
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Numa segunda-feira que iniciou com boas notícias -- o presidente Bolsonaro reafirmou a posição de Paulo Guedes como condutor da economia nacional, e a ministra da Agricultura Teresa Cristina anunciou que o Agro brasileiro está batendo recordes de produção e exportação (como no caso da soja) -- o fato destoante veio do STF, o Supremo Tribunal Federal.
Ao final da tarde, os ministros do Supremo decidiram (a partir uma ação ambiental de 33 anos atrás, de 1977) que "danos ambientais são imprescritíveis". Além de ferir frontalmente a Lei das Prescrições, a insegurança jurídica contida nessa decisão poderá trazer problemas gravíssimos para o agricultura nacional.
Segundo o analista do NA, Fernando Pinheiro Pedro, é preciso que todo o setor tome ciencia da gravidade da decisão de hoje do STF, e que acione o AGU (Advocacia Geral da União) para contestar "essa decisão absurda que foi tomada para agradar a setores que são contra o agronegócio", alertou Pinheiro Pedro.
A favor da reversão do que foi decidido hoje no Supremo, corre a necessidade de o próprio STF redigir o acórdão do que foi votado. "Aí é que veremos como os senhores ministros vão reafirmar o que foi votado sem ferir ou alterar principios constitucionais", explicou Pinheiro Pedro, alertando, porém, sobre a necessidade de todas as entidades do Agro se posicionarem ao lado da ministra Teresa Cristina "para derrotarem mais essa dificuldade que se apresenta para o Agro brasileiro".
Os dados de exportação da soja -- que pode chegar a 17 milhões de toneladas até o final do mês -- mais a reafirmação de que o ministro Paulo Guedes como o unico condutor da economia brasileira, trouxe um imediato alívio no mercado.
-- "O que fica claro é a mensagem de que o País não vai permitir que a dívida pública interna aumente e isso acalmou os investidores brasileiros e internacionais. Era o fecho necessário para um fim de semana conturbado com a saída do ex-ministro Sergio Moro, mas a fala do presidente Bolsonaro colocou a casa em ordem", concluiu Fernando Pinhero Pedro.
(veja a análise na íntegra no vídeo acima).
Enquanto o Mundo se acaba, o agro trabalha
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Numa segunda-feira que iniciou com boas notícias -- o presidente Bolsonaro reafirmou a posição de Paulo Guedes como condutor da economia nacional, e a ministra da Agricultura Teresa Cristina anunciou que o Agro brasileiro está batendo recordes de produção e exportação (como no caso da soja) -- o fato destoante veio do STF, o Supremo Tribunal Federal.
Ao final da tarde, os ministros do Supremo decidiram (a partir uma ação ambiental de 33 anos atrás, de 1977) que "danos ambientais são imprescritíveis". Além de ferir frontalmente a Lei das Prescrições, a insegurança jurídica contida nessa decisão poderá trazer problemas gravíssimos para o agricultura nacional.
Segundo o analista do NA, Fernando Pinheiro Pedro, é preciso que todo o setor tome ciencia da gravidade da decisão de hoje do STF, e que acione o AGU (Advocacia Geral da União) para contestar "essa decisão absurda que foi tomada para agradar a setores que são contra o agronegócio", alertou Pinheiro Pedro.
A favor da reversão do que foi decidido hoje no Supremo, corre a necessidade de o próprio STF redigir o acórdão do que foi votado. "Aí é que veremos como os senhores ministros vão reafirmar o que foi votado sem ferir ou alterar principios constitucionais", explicou Pinheiro Pedro, alertando, porém, sobre a necessidade de todas as entidades do Agro se posicionarem ao lado da ministra Teresa Cristina "para derrotarem mais essa dificuldade que se apresenta para o Agro brasileiro".
Os dados de exportação da soja -- que pode chegar a 17 milhões de toneladas até o final do mês -- mais a reafirmação de que o ministro Paulo Guedes como o unico condutor da economia brasileira, trouxe um imediato alívio no mercado.
-- "O que fica claro é a mensagem de que o País não vai permitir que a dívida pública interna aumente e isso acalmou os investidores brasileiros e internacionais. Era o fecho necessário para um fim de semana conturbado com a saída do ex-ministro Sergio Moro, mas a fala do presidente Bolsonaro colocou a casa em ordem", concluiu Fernando Pinhero Pedro.
(veja a análise na íntegra no vídeo acima).
Bolsonaro reafirma apoio a Paulo Guedes, Teresa Cristina e Tarciso Gomes
O presidente Jair Bolsonaro deu uma coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (27) ao lado de seus ministros, mantendo um tom bastante positivo, principalmente com Paulo Guedes, chefe da pasta da economia, trazendo algumas informações de forma a 'tranquilizar' o mercado e reforçar a permanência de Guedes no ministério depois de tantas especulações após a saída de Sérgio Moro.
Bolsonaro reiterou que é o ministro Paulo Guedes quem manda nas questões econômicas do governo, ao passo que Guedes rejeitou a edição de planos nacionais de desenvolvimento, como se fazia no passado.
"O homem que decide economia no Brasil é um só, e chama-se Paulo Guedes", disse Bolsonaro aos jornalistas ao lado de Guedes e dos ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A entrevista com os ministros acontece após Guedes ter ficado incomodado com a divulgação do Plano Pró-Brasil, que prevê gastos em obras de infraestrutura e cuja elaboração não teve a participação da equipe econômica de Guedes.
O ministro rejeitou a edição de planos nacionais de desenvolvimento, como se fez no passado, e defendeu a necessidade de reformas estruturantes e a responsabilidade fiscal.
"O Programa Pró-Brasil, na verdade, são estudos", disse Guedes. "Agora, isso vai ser feito dentro do programa de recuperação da estabilidade fiscal nossa", garantiu.
Guedes agradeceu diversas vezes pela confiança do presidente.
Agricultura
A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, afirmou que as exportações agropecuárias brasileiras serão recordes e disse ainda que "temos alimento para nossos 212 milhões de brasileiros e ainda o excedente para exportar e ajudar a balança comercial".
Mais do que isso, a ministra voltou a reforçar que a logística segue operando normalmente, sem entraves, em todo o país e que, dessa forma, o abastecimento também segue normalizado. "E isso desde o primeiro dia", disse Tereza Cristina.
O Ministério da Agricultura, entre outras medidas, segue pleiteando a aprovação das medidas de socorro ao setor sucroenergético - que são de extrema urgência, segundo representantes do setor - e o adiantamento do anúncio do Plano Safra.
Infraestrutura
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infarestrutura, se posicionou principalmente sobre a continuidade do programa de concessões e que segue em contato com os investidores que aguardam pelas melhores oportunidades. "E as melhores oportunidades estão aqui no Brasil", disse.
Segundo ele, os primeiros editais já deverão sair nos próximos dias e que a meta de US$ 250 bilhões de investimento privado está mantida.
O presidente Jair Bolsonaro deu uma coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (27) ao lado de seus ministros, mantendo um tom bastante positivo, principalmente com Paulo Guedes, chefe da pasta da economia, trazendo algumas informações de forma a 'tranquilizar' o mercado e reforçar a permanência de Guedes no ministério depois de tantas especulações após a saída de Sérgio Moro.
Bolsonaro reiterou que é o ministro Paulo Guedes quem manda nas questões econômicas do governo, ao passo que Guedes rejeitou a edição de planos nacionais de desenvolvimento, como se fazia no passado.
"O homem que decide economia no Brasil é um só, e chama-se Paulo Guedes", disse Bolsonaro aos jornalistas ao lado de Guedes e dos ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A entrevista com os ministros acontece após Guedes ter ficado incomodado com a divulgação do Plano Pró-Brasil, que prevê gastos em obras de infraestrutura e cuja elaboração não teve a participação da equipe econômica de Guedes.
O ministro rejeitou a edição de planos nacionais de desenvolvimento, como se fez no passado, e defendeu a necessidade de reformas estruturantes e a responsabilidade fiscal.
"O Programa Pró-Brasil, na verdade, são estudos", disse Guedes. "Agora, isso vai ser feito dentro do programa de recuperação da estabilidade fiscal nossa", garantiu.
Guedes agradeceu diversas vezes pela confiança do presidente.
Agricultura
A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, afirmou que as exportações agropecuárias brasileiras serão recordes e disse ainda que "temos alimento para nossos 212 milhões de brasileiros e ainda o excedente para exportar e ajudar a balança comercial".
Mais do que isso, a ministra voltou a reforçar que a logística segue operando normalmente, sem entraves, em todo o país e que, dessa forma, o abastecimento também segue normalizado. "E isso desde o primeiro dia", disse Tereza Cristina.
O Ministério da Agricultura, entre outras medidas, segue pleiteando a aprovação das medidas de socorro ao setor sucroenergético - que são de extrema urgência, segundo representantes do setor - e o adiantamento do anúncio do Plano Safra.
Infraestrutura
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infarestrutura, se posicionou principalmente sobre a continuidade do programa de concessões e que segue em contato com os investidores que aguardam pelas melhores oportunidades. "E as melhores oportunidades estão aqui no Brasil", disse.
Segundo ele, os primeiros editais já deverão sair nos próximos dias e que a meta de US$ 250 bilhões de investimento privado está mantida.
Homem que decide economia é um só e se chama Paulo Guedes, diz Bolsonaro
O presidente da Republica, Jair Bolsonaro, acenou para o ministro Paulo Guedes na manhã desta segunda-feira, 27, e afirmou que o economista é o único homem que decide sobre a economia do País no governo de Bolsonaro. A declaração, feita ao lado de Guedes, ocorreu depois de crescer no mercado financeiro e no governo rumores sobre a permanência ou não do chefe da Economia na equipe.
As especulações de que Guedes seria agora "a bola da vez" aumentaram nos últimos dias após a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça.
"O homem que decide economia no Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir", disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Na manhã desta segunda-feira, o presidente recebeu ministros para café da manhã. O encontro não estava previsto na agenda.
Em resposta, Guedes agradeceu diversas vezes a confiança que Bolsonaro põe em seu trabalho e no programa apresentado para a economia. O ministro afirmou que o Brasil seguirá a mesma política econômica, com reformas estruturantes e investimentos bilionários nas áreas de saneamento, infraestrutura, óleo e gás e setor elétrico.
"O presidente deixou muito claro desde o início que nós íamos preservar vidas e preservar empregos, estamos desde o início dessa crise do coronavírus, nós estamos justamente lançando uma camada de proteção para os mais frágeis e mais vulneráveis. Nós fizemos um ajuste da nossa política, passamos de reformas estruturantes para medidas emergenciais", disse Guedes.
O ministro afirmou que o Executivo e o presidente já está olhando para o futuro e pediu para que ministros preparassem estudos para a retomada.
Segundo ele, os documentos foram coletados pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto. "Ele é o coordenador das ações. Ele coordena as ações e integra as ações dos diversos ministérios", disse.
A ausência de Guedes no lançamento do programa Pró-Brasil, coordenado pela Casa Civil, repercutiu negativamente.
Ao lado de Bolsonaro, o ministro se mostrou confiante e disse que o País voltará para a curva de retomada da economia que estava antes da crise causada pelo novo coronavírus. "Queremos reafirmar justamente a todos que acreditam na política econômica, que ela segue, é a mesma política econômica, nós vamos prosseguir com as nossas reformas estruturantes vamos trazer bilhões em investimento em saneamento e infraestrutura", afirmou.
Congresso
O presidente Jair Bolsonaro moderou o tom de suas falas sobre o Congresso Nacional e afirmou que o parlamento "é bastante sensível e simpático às casas voltadas para a economia". Nas últimas semanas, diversas declarações de Bolsonaro, em especial a participação em ato a favor da ditadura e do AI-5 (dia 19/4), desgastaram a relação com parlamentares.
Durante entrevista na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro citou as reformas estruturais e medidas fiscais que tramitam na Casa.
"Há uma preocupação muito grande nossa de total responsabilidade com os gastos públicos. Temos algumas reformas pela frente, que brevemente estarão sendo discutidas e votadas. Temos o problema do coronavírus ainda, mas o Ministério da Economia continua alerta e trabalhando para que o Brasil realmente vença este obstáculo agora e volte para o caminho da prosperidade", disse o presidente.
O presidente da Republica, Jair Bolsonaro, acenou para o ministro Paulo Guedes na manhã desta segunda-feira, 27, e afirmou que o economista é o único homem que decide sobre a economia do País no governo de Bolsonaro. A declaração, feita ao lado de Guedes, ocorreu depois de crescer no mercado financeiro e no governo rumores sobre a permanência ou não do chefe da Economia na equipe.
As especulações de que Guedes seria agora "a bola da vez" aumentaram nos últimos dias após a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça.
"O homem que decide economia no Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir", disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Na manhã desta segunda-feira, o presidente recebeu ministros para café da manhã. O encontro não estava previsto na agenda.
Em resposta, Guedes agradeceu diversas vezes a confiança que Bolsonaro põe em seu trabalho e no programa apresentado para a economia. O ministro afirmou que o Brasil seguirá a mesma política econômica, com reformas estruturantes e investimentos bilionários nas áreas de saneamento, infraestrutura, óleo e gás e setor elétrico.
"O presidente deixou muito claro desde o início que nós íamos preservar vidas e preservar empregos, estamos desde o início dessa crise do coronavírus, nós estamos justamente lançando uma camada de proteção para os mais frágeis e mais vulneráveis. Nós fizemos um ajuste da nossa política, passamos de reformas estruturantes para medidas emergenciais", disse Guedes.
O ministro afirmou que o Executivo e o presidente já está olhando para o futuro e pediu para que ministros preparassem estudos para a retomada.
Segundo ele, os documentos foram coletados pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto. "Ele é o coordenador das ações. Ele coordena as ações e integra as ações dos diversos ministérios", disse.
A ausência de Guedes no lançamento do programa Pró-Brasil, coordenado pela Casa Civil, repercutiu negativamente.
Ao lado de Bolsonaro, o ministro se mostrou confiante e disse que o País voltará para a curva de retomada da economia que estava antes da crise causada pelo novo coronavírus. "Queremos reafirmar justamente a todos que acreditam na política econômica, que ela segue, é a mesma política econômica, nós vamos prosseguir com as nossas reformas estruturantes vamos trazer bilhões em investimento em saneamento e infraestrutura", afirmou.
Congresso
O presidente Jair Bolsonaro moderou o tom de suas falas sobre o Congresso Nacional e afirmou que o parlamento "é bastante sensível e simpático às casas voltadas para a economia". Nas últimas semanas, diversas declarações de Bolsonaro, em especial a participação em ato a favor da ditadura e do AI-5 (dia 19/4), desgastaram a relação com parlamentares.
Durante entrevista na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro citou as reformas estruturais e medidas fiscais que tramitam na Casa.
"Há uma preocupação muito grande nossa de total responsabilidade com os gastos públicos. Temos algumas reformas pela frente, que brevemente estarão sendo discutidas e votadas. Temos o problema do coronavírus ainda, mas o Ministério da Economia continua alerta e trabalhando para que o Brasil realmente vença este obstáculo agora e volte para o caminho da prosperidade", disse o presidente.
Fonte:
Notícias Agrícolas/Agencias
Notícias Agrícolas/Agencias
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