quarta-feira, 1 de abril de 2020

Milho abre o mês ainda em queda na Bolsa de Chicago e na B3

Cotações seguem em baixa após números do USDA e incertezas devido ao COVID-19

A quarta-feira (01) começa com os preços internacionais do milho futuro em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam perdas entre 2,00 e 3,25 pontos por volta das 09h01 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,38 com queda de 2,00 pontos, o julho/20 valia US$ 3,43 com desvalorização de 2,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,47 com baixa de 2,75 pontos e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,54 com perda de 3,25 pontos.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, o milho caiu mais durante a noite, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que espera um aumento nas plantações este ano.
“Espera-se que a área dedicada ao milho deva aumentar 8%, informou o USDA em um relatório divulgado nesta terça-feira. Isso pressionou os preços que já estavam oscilando no limite devido à incerteza contínua sobre a demanda devido ao COVID-19”, aponta o analista Tony Dreibus.
B3
A bolsa brasileira também abre a quarta-feira com desvalorizações para os futuros do milho, com as principais cotações caindo entre 0,79% e 1,12% por volta das 09h16 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,30 com queda de 0,79%, o julho/20 valia R$ 46,20 com perda de 0,96% e o setembro/20 era negociado por R$ 44,10 com baixa de 1,12%.
Relembre como fechou o mercado na última terça-feira:
Milho tem poucas movimentações no Brasil, mas cai 7% em março na Bolsa de Chicago
Mercado internacional se desvaloriza após dados do USDA
A terça-feira (31) chegou ao final com os preços do milho no mercado interno brasileiro estáveis e com poucas movimentações. Em levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, não foram registradas desvalorizações neste início de semana. Já as valorizações apareceram apenas na praça de Brasília/DF (6,38% e preço de R$ 50,00).
Ainda no final da tarde de segunda-feira (30), a consultoria Céleres apontou que a segunda safra de milho 2019/2020 do Brasil deve registrar um recorde de 73,5 milhões de toneladas, mantendo por ora sua estimativa apesar de preocupações com o tempo seco em algumas áreas.
"No Paraná e Mato Grosso do Sul, a situação (de chuvas) não é tão confortável... mas os mapas climáticos têm apontado para reposição de chuvas em abril que deverá trazer certo alívio", disse a analista de mercado da Céleres à Agência Reuters.
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e colheita apontando que 85% do milho verão já foi colhido no estado, enquanto 99% da segunda safra do cereal já foi semeada.
Além disso, o departamento informou que a qualidade das lavouras de milho segunda safra está apenas 82% em bom estado, contra 16% médias e 2% ruins.
Já o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que o Indicador Imea MT registrou alta de 3,94% ante a última semana, sendo cotado na média de R$ 41,10. Além disso, o Indicador MT registrou patamares recordes nas cotações do cereal, tendo média de R$ 39,05 na primeira quinzena do mês de março.
Mercado Externo
A terça-feira (31) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro com pequenas quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram desvalorizações entre 0,50 e 2,25 pontos ao fim do dia.
O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,40 com queda de 0,50 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,46 com baixa de 1,50 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,49 com perda de 2,25 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,57 com desvalorização de 2,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,29% para o maio/20, de 0,29% para o julho/20, de 0,85% para o setembro/20 e de 0,56% para o dezembro/20.
Na comparação do mês, as cotações do milho em Chicago contabilizaram quedas de 7,10% para o maio/20, de 5,98% para o julho/20, de 6,18% para setembro/20 e de 4,03% para o dezembro/20, na comparação com o último dia útil de fevereiro.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos EUA caíram nesta terça-feira, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) previu as plantações para 2020 bem acima das expectativas comerciais, as maiores em oito anos.
Além disso, um estoque de milho trimestral do USDA mais apertado do que o esperado estima perdas limitadas, mas a maioria dos contratos ainda reduziu a vida útil do contrato, depois dos relatórios governamentais aguardados.
“A previsão de grandes áreas cultivadas com milho ocorre quando várias usinas de etanol, usuários de mais de um terço da safra dos EUA, diminuíram ou interromperam a produção em meio a uma forte queda nos preços da energia, desencadeada em grande parte pela pandemia de Coronavírus”, aponta Karl Plume da Reuters Chicago.
O USDA, depois de examinar cerca de 80.000 agricultores dos EUA, fixou as plantações de milho em 2020 em 96.990 milhões de acres (39,250 milhões de hectares). De acordo com a Reuters, analistas esperavam que o relatório mostrasse 94,328 milhões de acres (38,173 milhões de hectares) de milho.
“É uma safra 15% maior, se você voltar aos rendimentos da tendência. É muito milho para absorver, especialmente em um ambiente de demanda fraca de etanol e uma forte situação do dólar, o que prejudica as exportações”, disse Bill Lapp, presidente da Advanced Economic Solutions.
O USDA também estimou os estoques de milho em 1º de março em 7,95 bilhões de bushels (180,213 milhões de toneladas), números mais baixos em relação ao ano anterior. Os estoques de milho também ficaram abaixo da estimativa comercial média.

Data de Publicação: 01/04/2020 às 10:30hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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