quinta-feira, 29 de agosto de 2013
29/08/2013 - 12:35
29/08/2013 - 12:35
BNDES vê genética de frango como fragilidade do setor
Estadão Conteúdo
O chefe do Departamento de Agroindústria do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Jaldir Lima, afirmou que a instituição financeira avalia que a dependência do setor avícola brasileiro da genética desenvolvida por empresas estrangeiras é a maior fragilidade do segmento.
– A concentração dos programas genéticos em duas, três empresas estrangeiras não é bom. Já conversamos com as empresas e dissemos que isso não é um risco agora, mas pode vir a ser – declarou nesta quarta, dia 28, em sua participação no Painel "Construindo o Brasil do Futuro", no Salão Internacional da Avicultura (SIAV) e 23º Congresso Brasileiro de Avicultura, promovido pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), em São Paulo (SP).
Para ele, a avicultura brasileira precisa de um programa próprio de genética, no qual o BNDES pode apoiar em termos recursos.
– Vai ser um trabalho de mais ou menos uns 10 anos, mas será uma segurança para o setor. No mais, acreditamos que a avicultura nacional é extremamente competitiva, mas com desafios a serem superados, como logística e questões tributárias, que são temas que também fazem parte dos gargalos de outros setores da economia – completou.
Investimentos do BNDES no agronegócio
Ele informou que 33% dos investimentos do setor do agronegócio é feito com recursos do BNDES. Somente na avicultura, em 2012, o banco destinou R$ 1,140 bilhão. Em 2013, até junho, o montante alcança R$ 540,976 milhões, sendo que a totalidade está sendo destinada para investimentos e capital de giro.
– O foco do BNDES é recursos para produção e infraestrutura de ativos. Estamos vendo gargalos em logística e o banco está centralizando recursos para a armazenagem de grãos. É paliativo, não é uma solução, mas ajuda de certa forma o setor – afirmou.
Lima comentou, ainda, que é necessário que o crédito chegue ao produtor, principalmente para custeio e comercialização. Ele fez, porém, uma ressalva: pequenos créditos não são foco dos financiamentos da instituição financeira.
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