quinta-feira, 26 de setembro de 2013
26/09/2013 - 12:30
26/09/2013 - 12:30
Especialistas dizem que ainda falta mão de obra qualificada para o agronegócio
De Sinop - Alexandre Alves
Foto: Reprodução
Silveira: 'Não avançamos sem mão de obra qualificada'
Silveira: 'Não avançamos sem mão de obra qualificada'
Produtividade e mão de obra qualificada para aumentar a produção foram temas no primeiro dia da segunda edição do Projeto Soja Brasil, que está sendo realizado nesta quarta e quinta-feira, em Sinop, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No evento também será dada a “largada oficial” da safra 2013/14 de soja em Mato Grosso.
Em palestras e workshops, agricultores e especialistas em agronegócio lembraram os principais desafios da alta produtividade. Nos últimos 20 anos, o rendimento das lavouras registrou um incremento de 35%, mas cresceu apenas 4% nos últimos dez anos.
O presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, lembrou que os desafios são enormes principalmente em relação ao controle de pragas e doenças. “Mas nós não conseguimos avançar sem pesquisa e mão de obra qualificada”, afirmou.
‘Nos respiramos Mato Grosso’, diz diretor geral do Dnit sobre logística
Ministra Gleisi Hoffmann faz lançamento oficial do plantio da safra de soja em Mato Grosso
Quem também comunga da opinião sobre a falta de profissionais preparados para lidar com as questões da agricultura empresarial é Luciano Shozo Shiratsuchi, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril. Ele reitera a importância do papel da pesquisa no crescimento da produtividade, mas pondera que é preciso existir uma maior conexão entre a teoria e a prática.
“Nossa maior dificuldade é fazer o produtor adotar e aplicar as tecnologias disponíveis de forma eficiente. É possível produzir mais através de uma rotação de culturas, um bom manejo, plantio da janela ideal e aplicar o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta. Não precisa gastar mais para produzir melhor. Só precisamos usar melhor a tecnologia que temos disponível”, disse.
O superintendente do Senar-MT, Tiago Matosinho, ressaltou que a entidade tem qualificado trabalhadores nos últimos anos, o que contribui para minimizar a falta de pessoal no agronegócio. “Nos últimos dois anos o Senar-MT aumentou 40% sua carga horária de cursos. Isso mostra que os produtores estão enxergando na capacitação a possibilidade de maiores ganhos de produtividade”, falou.
Também participaram do debate sobre o tema o pesquisador e consultor da Embrapa Áureo Lantmnann, e o diretor técnico da Aprosoja-MT, Luiz Nery Ribas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário