quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Líderes do agro brasileiro defendem união para resolver entraves
Líderes do agro brasileiro defendem união para resolver entraves
Líderes do agro brasileiro defendem união para resolver entraves
26/09/13 - 08:10
Maurício Mendes, presidente da Informa Economics FNP e da Associação Brasileira de Marketing Rural (AMBR&A), participou do 2º Fórum Nacional de Agronegócios, realizado em Campinas (SP) nos dias 20 e 21 de setembro, e, juntamente com outros líderes presentes, manifestou otimismo em relação ao futuro do agronegócio no Brasil. Os participantes defenderam, no entanto, a necessidade da união de esforços entre o setor privado e os poderes Executivo e Legislativo no sentido de resolver os principais entraves do setor.
Para Mendes, o evento teve um grande diferencial. “As discussões foram pragmáticas. Saímos de lá com uma série de propostas para a resolução das deficiências que limitam a capacidade de crescimento e os resultados positivos do setor”, afirma.
O resultado das discussões geradas durante o Fórum está reunido no documento intitulado Carta de Campinas. Relaciona dificuldades em áreas como sustentabilidade, comércio externo, insumos, agenda legislativa e comunicação. “Existem muitos eventos em que se discute muito, mas não há uma proposta objetiva. Este realmente foi bastante focado e gerou propostas”, comenta Mendes.
O Fórum, em sua segunda edição, é promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais e pelo LIDE Agronegócios, liderado pela ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues.
Mais comunicação
No painel os “nós” da comunicação, no qual Mendes participou como debatedor, ele afirmou que o setor precisa estar mais presente nas escolas de Comunicação, para, assim, poder elevar o nível de informação da população urbana sobre o mundo rural. “Precisamos ter uma campanha permanente sobre o agronegócio. Por que não implementar nas escolas de ensino médio e fundamental mais informações sobre a agricultura e pecuária, mostrando desde cedo a importância do setor, suas deficiências e qualidades?”, questiona Mendes.
Ainda no campo da comunicação, discutiu-se a possibilidade de um fórum permanente de comunicação e marketing. “O produtor do campo precisa saber o que o consumidor pensa, quais são suas exigências e expectativas. No passado informações sobre produtos e técnicas chegavam mais facilmente ao produtor, pois existia uma estrutura de extensão rural estatal muito mais eficiente do que existe hoje. O nosso papel é fazer o que chamamos de marketing reverso”, afirma o presidente da ABMR&A.
Agregar valor para as commodities também é uma preocupação das lideranças do setor. “O Brasil sempre será importante em produção de volumes, de commodities, mas nada impede que ele haja diferenciação de marca. O governo deveria aumentar a quantidade de identificações geográficas (IG), pois permitiria que pequenos produtores pudessem se unir, através de associações e cooperativas, conseguindo assim maior renda para sua atividade através da agregação de valor aos seus produtos”, finaliza Mendes.
Sou Agro
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