quinta-feira, 28 de agosto de 2014
MT: Cordeiros produzidos em grande escala
Criadores de ovinos de Mato Grosso se preparam para atender o mercado consumidor de cordeiros de São Paulo
Criadores de ovinos de Mato Grosso se preparam para atender o mercado consumidor de cordeiros de São Paulo. Para contribuir com esse avanço na cadeia produtiva da ovinocultura e ajudar a minimizar um dos gargalos do setor que é a falta de mão de obra qualificada, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT) passa a oferecer um novo treinamento: Produção comercial de cordeiros para corte.
O criador de ovinos, Giorgi Kuyumtzief, conta que na segunda quinzena de setembro a primeira remessa com 100 carcaças será embarcada para São Paulo, para ser avaliada e validar a negociação, que tem o objetivo de fornecer 600 cordeiros por embarque a uma empresa paulista.
Kuyumtzief atua na região de Tangará da Serra (244 quilômetro ao norte de Cuiabá) e é um dos organizadores da “Parceria do Cordeiro”, uma iniciativa de ovinocultores de Tangará, Campo Novo do Parecis, Sapezal e Brasnorte para fomentar a cadeia produtiva em Mato Grosso. “Queremos nos organizar para difundir a atividade e garantir volume e qualidade adequados para atender à demanda do mercado consumidor”, conta.
A “Parceria do Cordeiro” teve início em 2013. Os criadores contavam com 700 matrizes das raças Santa Inês e Dorper e até o final deste ano a expectativa é que o rebanho chegue a 1.000 matrizes. “Nossa meta é chegar em três anos a 10 mil matrizes e em cinco anos, 50 mil matrizes”, revela. “Estamos trabalhando o cruzamento das raças Santa Inês e Dorper, que irá gerar um animal meio sangue Dorper, garantindo um rebanho com boas características para corte”.
A raça Dorper cresce rapidamente e alcança peso elevado no desmame, o que é uma característica economicamente importante na produção de ovinos tipo carne. O peso vivo de aproximadamente 36 kg pode ser alcançado pelo cordeiro Dorper com uma idade de três a quatro meses. Isto assegura uma carcaça de qualidade elevada de aproximadamente 16 kg. Já a Santa Inês é uma raça de carne e pele. As fêmeas são boas reprodutoras, com frequentes partos duplos e excelente capacidade leiteira.
CARNE - Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apontam que cada brasileiro consome, em média, 0,7kg de carne ovina por ano, o que coloca esse tipo de alimento na 5ª posição entre as carnes tradicionais. A produção se concentra na região nordeste e sul do Brasil com destaque para o Rio Grande do Sul e Bahia. O rebanho brasileiro estimado é de cerca de 16 milhões de cabeças.
Segundo informações do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), em 2013 o rebanho mato-grossense era de aproximadamente 2 milho?es de cabec?as, com uma taxa de crescimento de 27% ao ano, respondendo por cerca de 11% do rebanho nacional. O Estado possui abatedouros em Alta Floresta, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Confresa, Juína, Primavera do Leste, Rondonópolis, Tabaporã e Tangara da Serra.
Data de Publicação: 28/08/2014 às 09:20hs
Fonte: Diário de Cuiabá
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