terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Embrapa apresenta as vantagens da FBN no Show Rural Coopavel

Embrapa apresenta as vantagens da FBN no Show Rural Coopavel




Embrapa apresenta as vantagens da FBN no Show Rural Coopavel
31/01/17 - 10:56 

Apesar de já comprovada pela ciência, a fixação biológica de nitrogênio ainda não é de conhecimento de boa parte dos agricultores do país. Trata-se de um processo que ocorre na natureza em associações de plantas e bactérias presentes no solo, em que estas retiram o nitrogênio do ar e o fornecem para o vegetal. E este processo natural pode ser potencializado com o uso de um produto conhecido como inoculante. No Brasil, existem inoculantes para algumas culturas, como por exemplo, a soja, o feijão comum, o milho e o feijão caupi. Durante o Show Rural Coopavel, que acontece de 06 a 10 de fevereiro, em Cascavel, no Paraná, a Embrapa Agrobiologia apresentará as vantagens do uso desta tecnologia.
Os inoculantes, também conhecidos como fertilizantes biológicos, possuem uma grande quantidade de bactérias fixadoras de nitrogênio específicas para cada cultura. Se utilizados nas lavouras, podem ser importantes auxiliares do agricultor no aumento da produtividade e da fertilidade dos solos, contribuindo para a redução do uso de fertilizantes nitrogenados, e consequentemente dos custos de produção. Em culturas como o feijão, a pesquisa mostra que é possível reduzir em mais de 50% a quantidade de fertilizante e ainda dobrar o seu rendimento.
No Show Rural Coopavel, os técnicos da Embrapa Agrobiologia vão mostrar plantas inoculadas e não inoculadas, e atenderão a agricultores no esclarecimento de dúvidas sobre a tecnologia. Também serão apresentadas algumas espécies de leguminosas, gramíneas e outras famílias botânicas utilizadas em práticas de cobertura de solo e adubação verde, com apoio de mostruário de sementes e folders. Muitas dessas espécies já possuem inoculantes específicos.
Pesquisa de longa data
A Embrapa Agrobiologia mantém uma infinidade de microrganismos, entre bactérias e fungos, no Centro de Recursos Biológicos Johanna Döbereiner, em Seropédica (RJ). A coleção tem cerca de três mil estirpes, que foram coletadas pelos pesquisadores na natureza, em diferentes regiões do país, e que possuem potencial para serem utilizados como insumos biológicos para a agricultura brasileira.
O início desse trabalho foi ainda nos anos 50, quando a pesquisadora Johanna Döbereiner isolou as primeiras bactérias fixadoras de nitrogênio. Desde então, a coleção se multiplicou e mais de 50 estirpes já foram autorizadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o uso em inoculantes comerciais. “O Brasil é líder mundial no uso de bactérias fixadoras de nitrogênio na agricultura e a economia resultante da utilização desses microrganismos é superior a oito bilhões de dólares”, explica o pesquisador Jerri Zilli, curador da coleção.
Esta liderança do Brasil ocorre em função da cultura da soja, onde o uso de inoculantes já é algo comum. Segundo a ANPII- Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes, por ano são comercializados aproximadamente 40 milhões de doses do produto no Brasil. Deste total, 34 milhões são para soja e outros 2 milhões para gramíneas (entre elas o milho e o trigo). Mas também existem bactérias fixadoras de nitrogênio específicas para outras espécies vegetais disponíveis no mercado e comercializadas em forma de inoculantes.

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