segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Ainda em busca de recuperação, soja inicia a semana com 6 pontos de alta na Bolsa de Chicago



As principais posições da oleaginosa testavam ganhos de mais de 6 pontos, perto das 7h57 (horário de Brasília)


Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana em campo positivo. As principais posições da oleaginosa testavam ganhos de mais de 6 pontos, perto das 7h57 (horário de Brasília). O novembro/17 era negociado a US$ 9,81 por bushel e o janeiro/18 operava a US$ 9,93 por bushel.
Conforme as informações das agências internacionais, o mercado dá continuidade aos ganhos da última sexta-feira (27), ainda na tentativa de se recuperar das perdas recentes. Em meio aos fundamentos já conhecidos, os investidores aguardam novos dados que possam influenciar os preços da commodity.
Ainda nesta segunda-feira (30), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações sobre a safra americana. Até a última semana, em torno de 70% da área plantada nesta temporada com o grão já havia sido colhida.
O órgão também reporta hoje o relatório de embarques semanais. O boletim é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento dos negócios em Chicago.
Outro fator que segue no radar dos participantes do mercado é o clima no Brasil. Com chuvas sendo registradas nas principais regiões produtoras, a perspectiva é que os trabalhos de plantio da soja ganhem ritmo.
Confira como fechou o mercado na última semana:
Soja: Dólar sobe 1,70% na semana e comercialização da safra 2017/18 no Brasil avança para 20%
A alta do dólar movimentou as cotações da soja praticadas nos portos brasileiros. No Porto de Paranaguá, o valor disponível subiu 2,08% na semana, com a saca a R$ 73,50 no fechamento desta sexta-feira. O valor futuro, para entrega em março/18, fechou o dia a R$ 74,00, com valorização de 1,37%. As informações fazem parte do levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
No terminal de Rio Grande, o disponível avançou 1,82% na semana e fechou a sexta-feira a R$ 72,80 a saca. O preço futuro, referência maio/18, atingiu R$ 75,70 a saca. No mercado interno, as cotações acumularam ligeiras valorizações ao longo da semana.
Segundo destacou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços tocaram R$ 77,00 a saca nos portos, o que estimulou o travamento de posições e também novos negócios. Com isso, a expectativa é que a comercialização da safra 2017/18 tenha evoluído para 20%, volume ainda abaixo da média dos últimos anos entre 35% e 40%.
Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 1,24% e encerrou o pregão a R$ 3,2438 na venda. Contudo, na semana, a moeda subiu 1,70%, maior alta semanal frente ao real desde meados de maio, conforme dados da Reuters. A questão da taxa de juros nos EUA e cena política no Brasil permanece no radar dos participantes do mercado.
Bolsa de Chicago
A semana foi de ligeira queda aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, as principais posições da oleaginosa exibiram perdas entre 0,25% e 0,36%.
Porém, nesta sexta-feira (27), as principais posições da commodity subiram entre 3,75 e 4,00 pontos, uma tentativa de recuperação das perdas recentes. O novembro/17 era cotado a US$ 9,75 por bushel, enquanto o janeiro/18 operava a US$ 9,86 por bushel. O março/18 trabalhava a US$ 9,96 por bushel.
Segundo a AGResources, o valor da soja mostrou sustentação durante quase toda a sessão desta sexta, e fechando com uma modesta alta frente à queda do Dólar. Foram relatadas a venda de 238 mil toneladas de soja norte-americana para a China, pela manhã.
O anúncio das vendas colocou um leve suporte nos preços da CBOT, mas que pouco se alteraram em relação ao começo da semana. As altas no mercado da soja não possuem força para subir, e, quando desengatilhadas, não conseguem se manter por muito tempo.
A falta de novidades especuláveis deixa os fundos investidores sem a compra de novas posições. Os fundos são responsáveis pela grande maioria dos movimentos dos preços na Bolsa de Chicago. O mercado agora espera notícias climáticas da América do Sul, que mostram chuvas chegando sobre as regiões secas do Centro-Oeste brasileiro. Há tendencia de queda nos preços nesta semana.
Em meio ao fim da colheita nos Estados Unidos, os analistas confirmam que os preços não têm fôlego nesse momento. Os trabalhos nos campos evoluíram em uma semana e subiram de 49% para 70% até o último domingo. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações na próxima segunda-feira.
O Brasil continuam no radar dos participantes do mercado internacional. Nesta semana as precipitações retornaram à faixa central do país. Conforme dados da AgRural, o plantio da soja evoluiu de 20% para 30% até a última quinta-feira. Mas o índice ainda continua abaixo da média do ano passado, de 41%.
Paralelamente, a demanda firme ainda dá suporte aos preços no mercado internacional. O departamento americano anunciou vendas de 238 mil toneladas de soja para a China. O volume negociado deverá ser entregue na campanha 2017/18.
Até quinta-feira as vendas semanais de soja somavam 2,13 milhões de toneladas, segundo dados do USDA. Somente a China comprou 1,5 milhão de toneladas do grão norte-americano.


Data de Publicação: 30/10/2017 às 10:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas


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