segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Café: Cotações do arábica operam com leve alta nesta manhã de 2ª feira na Bolsa de Nova York





Por volta das 08h50 (horário de Brasília), o contrato dezembro/17 estava cotado a 127,10 cents/lb com alta de 50 pontos, o março/18 subia 50 pontos, a 130,65 cents/lb





As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de segunda-feira (30) e estendem os ganhos acumulados da semana passada, que foram de mais de 1%. O mercado acompanha atentamente as informações sobre a safra 2018/19 de café do Brasil e as preocupações com a oferta global no próximo ano.
Por volta das 08h50 (horário de Brasília), o contrato dezembro/17 estava cotado a 127,10 cents/lb com alta de 50 pontos, o março/18 subia 50 pontos, a 130,65 cents/lb. O contrato maio/18 operava com avanço de 50 pontos e estava sendo negociado a 133,05 cents/lb e o julho/18 também tinha valorização de 50 pontos, cotado a 135,40 cents/lb.
"O mercado está esperando para ver a precipitação no Brasil. As chuvas esperadas são leves e podem não ajudar muito. Ainda assim, tendências ainda são baixistas", disse em relatório na semana passada o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
No Brasil, por volta das 09h00, o tipo 6 duro era negociado a R$ 445,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 460,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 456,00 a saca. Os negócios no mercado interno brasileiro seguem lentos diante dos preços fragilizados.
Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Cotações do arábica sobem mais de 1% no acumulado desta semana na Bolsa de Nova York
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) oscilou entre altas e baixas durante a semana, mas consolidou avanço acumulado de cerca de 1%. As cotações da variedade no terminal externo oscilaram, principalmente, de olho nas informações sobre a safra 2017/18 do Brasil, maior país produtor e exportador do grão, clima e novidades sobre a oferta global.
No mercado interno, os negócios seguem bastante lentos e com os produtores aguardando melhores patamares de preço. 
Na sessão de hoje, o contrato dezembro/17 fechou cotado a 126,60 cents/lb com alta de 205 pontos, o março/18 registrou 130,15 cents/lb com avanço de 200 pontos. Já os lotes com vencimento para maio/18 encerraram o dia com 132,55 cents/lb e alta de 200 pontos e o julho/18, mais distante, subiu 195 pontos, fechando a 134,90 cents/lb. Essa é a terceira sessão seguida de alta no mercado.
Os futuros do arábica em Nova York seguem oscilando de olho no desenvolvimento da safra 2018/19 do Brasil que, inicialmente tinha previsão de ser recorde. "O mercado está esperando para ver a precipitação no Brasil. As chuvas esperadas são leves e podem não ajudar muito. Ainda assim, tendências ainda são baixistas", disse o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Conforme relatos de produtores, que enviaram fotos e vídeos ao Notícias Agrícolas, as floradas em algumas lavouras do cinturão produtivo brasileiro estão secando diante das altas temperaturas. Mesmo com algumas chuvas nas últimas semanas, as plantações não têm resistido e o otimismo da próxima safra, com perspectivas de produção de até 60 milhões de sacas de 60 kg, vai diminuindo nos envolvidos como um todo.
"Ainda não quantificamos as perdas, mas não está chovendo bem em todas as regiões produtoras, exceto Paraná e Baixa Mogiana, que tem uma produção irrisória. Tivemos algumas precipitações que estimularam a principal florada, mas depois parou", afirma o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Alysson Fagundes.
Previsões do tempo mostram que novas chuvas devem ser registradas em áreas produtoras de café do país a partir desta quarta, com o avanço de uma frente fria. Volumes de até 100 milímetros são esperados para áreas produtoras nos próximos dias. " No Brasil, o clima no cinturão produtor vem melhorando, ocorrendo chuvas neste mês, mas alguns participantes entendem que as perdas nos cafezais já estão consumadas", reportou o CNC em nota.
A indústria brasileira de café já vê com preocupação essas primeiras informações sobre a temporada 2018/19. "Há uma expectativa que a próxima safra não seja a safra recorde, como se imaginava, porque já se percebe prejuízos na floração em virtude da falta de chuvas e excesso de calor. O mercado está olhando isso", afirma Natan Hershkovitz, presidente da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café).
De acordo com informações reportadas pelo site internacional Agrimoney, circula no mercado um relatório da exportadora Terra Forte que mostra uma perspectiva pessimista para a produção brasileira, com lavouras do país mais vulneráveis à seca.
Também começa a movimentar o arábica externamente as informações sobre os embarques aos países consumidores. Informações reportadas pela Reuters brasileira na última quinta-feira (26) dão conta que a oferta está limitada nos Estados Unidos e Europa, com importadores dizendo que algumas empresas de transporte estão reduzindo a disponibilidade de contêineres brasileiros.
"Os grãos de cafés finos do Brasil em geral praticamente acabaram, aqui e especialmente na Europa", disse Rodrigo Costa, diretor de comércio da Comexim USA.
O câmbio também exerceu suporte aos preços externos do café nesta sexta-feira e durante a semana. A divisa caiu 1,24%, cotada a R$ 3,2438 na venda. O mercado presenciou um movimento de correção e certo alívio nos temores de mais altas de juros nos Estados Unidos diante da sucessão no Federal Reserve, banco central dos EUA. "A notícia de que Powell lidera na preferência de Trump... ameniza o humor dos investidores", afirmou à Reuters o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.
Por outro lado, a corretora internacional Marex Spectron, inclusive, estimou que o mercado global de café verá uma queda menor na oferta na safra 2017/18 devido à produção mais forte no Vietnã e Honduras. A estimativa de déficit recuou de 4,4 milhões de sacas para 2,2 milhões, com produção mundial de 155,3 milhões de sacas. "As chuvas foram abundantes no Vietnã e os preços altos, e isso deve garantir uma safra vietnamita em recorde ou perto disso", afirmou Marex em sua atualização no mercado de outubro.
Mercado interno
O mercado físico brasileiro segue com pouquíssimos negócios. Segundo analistas, os produtores brasileiros só aparecem no mercado para fazer caixa, diante dos baixos preços cotados. "As negociações seguem em ritmo lento, devido ao recuo de agentes, que estão à espera das chuvas", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O tipo cereja descascado anotou maior variação na semana em Patrocínio (MG) com alta de 5,21% (+R$ 25,00) no período e saca a R$ 505,00. Guaxupé (MG) (+4,12%) e Patrocínio (MG) (+5,21%) tiveram o maior valor de negociação, com saca a R$ 505,00.
No tipo 4/5, a maior variação na semana foi registrada em Poços de Caldas (MG) com valorização de 3,28% (+R$ 15,00) e saca a R$ 473,00. A cidade teve o maior valor de negociação dentre as praças verificadas no período.
O tipo 6 duro teve maior oscilação na semana em Guaxupé (MG) com avanço de 4,55% (+R$ 20,00) e saca R$ 460,00. A cidade com maior valor de negociação dentre as praças verificadas no período foi Araguari (MG) com saca a R$ 475,00 e alta de 3,26% (+3,26%).
Na quinta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 448,51 e alta de 0,91%.


Data de Publicação: 30/10/2017 às 10:30hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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