sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Fungicida contra ferrugem do café é patenteado no México


ORGÂNICO

Fungicida contra ferrugem do café é patenteado no México


Método é para variedade Arábica
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 27/10/2017 às 11:32h.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Veracruzana, no México, desenvolveu um método de controle orgânico que anula a ferrugem no café e permite a produção de frutos. O processo de controle foi desenhado em conjunto com especialistas do Instituto de Ecologia AC. Com uma obtenção de patente, os pesquisadores poderão industrializar o produto e fazer transferência tecnológica.
No estado de Veracruz, no centro do México, foram registradas perdas para pelo menos 45% dos produtores de café no ano de 2014 em função da ferrugem. A doença afeta as folhas do cultivo supendendo a fotossíntese e provoca a queda do fruto antes da maduração. Para combater o fungo, os produtores usam químicos. Com a repetição do método, há uma resistência da planta, diminuindo a eficiência.
Para o pesquisador da Universidade Veracruzana, Gerardo Alvarado Castillo, o oxicloreto de cobre era o fungicida mais usado para combater a ferrugem, mas perdeu a eficiência. "A ferrugem tem oito ciclos de vida em um ano e dependendo das condições ambientais sua reprodução pode ser sexual, assexual e por sexualidade oculta. Então isso vai mutando e faz com que seja mais resistente geneticamente. Também o melhoramente genético do café faz com que a planta fique mais resistente, mas afeta o sabor final", disse Castillo.
Dessa forma se determinou que a melhor estratégia seria atacar o esporo do fungo para que não haja reprodução, rompendo o ciclo vital e evitando seu desenvolvimento. Foram feitas provas alternativas do tipo orgânico em laboratório e evite o seu desenvolvimento. Testes com substâncias orgânicas também fora feitas e foram "alentadoras" porque foi evitada a germinação da ferrugem.
"É como nas pessoas, ante uma doença os metabólitos detém o seu avanço e se enfocam em outras funções, neste caso na produção de frutos", exemplificou Castillo.
Apesar da criação de outras variedades, o pesquisador sugere que os produtores sigam com a Arábica porque se pode manter o sabor e ainda assim eliminar a ferrugem.

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