segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Entidades do setor agrícola brasileiro querem ampliar diálogo com urbano
Entidades do setor agrícola brasileiro querem ampliar diálogo com urbano
Entidades do setor agrícola brasileiro querem ampliar diálogo com urbano
16/09/13 - 16:14
Foi lançado, na quinta-feira (12.09), em Brasília, o movimento “Um Novo Olhar Sobre a Agricultura”, a partir da assinatura de um documento no qual diversas entidades alertam para as oportunidades e desafios que o aumento da demanda mundial por alimentos oferecem à agricultura sustentável do Brasil.
As instituições signatárias do documento se comprometeram a divulgar trabalhos e ações que contribuam para promover o papel central da agricultura no desenvolvimento. O próximo passo do grupo será elaborar um calendário comum de iniciativas. Os participantes presentes manifestaram ainda o interesse na adesão de outras instituições ao movimento.
O documento foi assinado por Maurício Lopes, presidente da Embrapa; Manuel Otero, representante do IICA no Brasil; Alysson Paolinelli, presidente do Conselho Consultivo do Fórum do Futuro; Roberto Rodrigues, da FGV-Agro; e Wagner Furtado, presidente-executivo da Fundação Dom Cabral. O argumento central aponta para a necessidade de construção de um canal de comunicação entre o campo e a cidade, de forma que a oportunidade histórica de incorporação de renda e empregos situe-se no contexto do projeto brasileiro de sociedade. O evento contou também com a presença de diretores e funcionários das instituições envolvidas no movimento.
Para Maurício Lopes, é fundamental que as populações urbanas compreendam a revolução que ocorreu nos últimos 40 anos, quando o Brasil deixou a condição de importador líquido de alimentos para se transformar em player central da oferta mundial do setor. “Combater a fome é fundamental para a humanidade, e coloca o Brasil numa área central da visão de futuro planetária”, disse Maurício Lopes. Para ele, esse “Um Novo Olhar” passa por três pilares básicos: alinhar a produção de alimentos com nutrição e saúde; garantir o uso sustentável e inteligente dos recursos naturais; e investir em química verde, tecnologia de biomassa.
Ao destacar a importância de articular uma agenda comum de iniciativas, seminários e debates entre as instituições signatárias e outras que queiram se incorporar ao movimento, Manuel Otero lembrou que “as entidades estão naturalmente articuladas por eventos que já exibem uma pauta comum: buscar o redimensionamento da ruralidade na economia do país e na sociedade brasileira”. Otero anunciou que o IICA traduzirá o documento para inglês e espanhol e o distribuirá a instituições de toda a América Latina. Em adição, o representante do IICA destacou a contribuição do projeto Repensando o conceito de ruralidade, desenvolvido pelo instituto, cujos resultados serão apresentados em novembro, em Campina Grande (PB).
“O Brasil tem condições de comandar a revolução biológica necessária para utilizarmos de forma mais inteligente os recursos naturais visando combater o espectro planetário da fome”, resumiu Alysson Paolinelli, do Fórum do Futuro, na solenidade realizada na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA, em Brasília. Paolinelli lembrou que antes do primeiro salto tecnológico, quando foi desenvolvida a agricultura tropical, a partir do Brasil, “a população de baixa renda usava 50% dos seus rendimentos para a alimentação, o que hoje situa-se entre 14% e 20%”.
Agrolink com informações de assessoria
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