domingo, 15 de setembro de 2013

Produtor de leite utiliza ordenhadeira comandada por robô no Paraná

Produtor de leite utiliza ordenhadeira comandada por robô no Paraná 15/09/2013 08h15 Fazenda no sul do estado cria 140 vacas holandesas em confinamento. Todo o funcionamento do galpão é comandado p O Globo Rural visitou a Fazenda Santa Cruz, no município de Castro, no sul do Paraná, para mostrar o funcionamento da ordenhadeira robotizada. Eles criam 140 vacas holandesas em confinamento. Todo o funcionamento do galpão é comandado por computador. Ele ascende as luzes, aciona os ventiladores, ordena a limpeza do piso maneja a ordenhadeira, e canaliza o leite diretamente para o tanque de resfriamento. O sistema de ordenha robotizada também é conhecido como ordenha voluntária, porque são as próprias vacas que decidem o momento certo de extrair o leite. Segundo o engenheiro agrônomo Rafael Garcia, basta uma semana de treinamento para que as vacas aprendam o caminho até a baia onde está instalado o robô. “São dois os estímulos da vaca para ir até a ordenhadeira. O mais importante é o leite, o ubre vai enchendo e aquilo vai se tornando um desconforto para o animal, então ele tem que despejar aquele leite de alguma forma. O outro estimulo é a alimentação, que ela recebe toda vez que ela vem a ser ordenhada”, explica. As vacas da Fazenda Santa Cruz não têm nomes, elas são identificadas por números, todas carregam no pescoço um colar com o seu número correspondente e com um aparelho que se chama transponder. Ao entrar na ante-sala da ordenha, uma cortina azul cria um campo magnético que ativa o transponder e envia o número do animal para a memória do computador. Ele abre as informações sobre a vaca e libera a quantidade de ração que corresponde a média de produção de leite dela. Depois, o robô entra em ação. Seu braço mecânico é capaz de executar as mesmas tarefas do ordenhador. Faz a higienização e depois inicia os procedimentos da ordenha. Um feixe de raio laser faz a leitura e indica o local onde a teteira deve se encaixar. O sistema fica ligado dia e noite. Em caso de queda de energia, o gerador é acionado automaticamente. Um dos principais benefícios da automação a economia de mão de obra. A presença do homem só é necessária para fazer a manutenção e a limpeza, trocar cama das vacas e espalhar a silagem, o restante é automatizado. O robô está programado para fazer ate três ordenhas diárias de cada animal. O dono da fazenda, Armando Rabbers, mora há 12 quilômetros da fazenda, mas a qualquer hora do dia ou da noite, ele sabe tudo o que está acontecendo lá no estábulo pela internet. Ele pode estar em qualquer lugar, inclusive fora do país, que ele acessa as informações. Armando gastou 2,6 milhões reais para construir o barracão já adaptado para funcionar com o sistema robotizado. O investimento foi financiado pela empresa que instalou o robô e pelo Banco do Brasil, e deve ser quitado no prazo de oito anos. A capacidade total do sistema é apara ordenhar 140 vacas, com produção média de cinco mil litros de leite por dia. Hoje ele vende o leite a um real o litro e fatura 140 mil reais brutos por mês. Antes da instalação do robô, a produtividade do rebanho da Fazenda Santa Cruz era de 28 litros, por vaca, por dia. Hoje é de 30 litros. Uma das explicações para o aumento da produtividade do rebanho é o conforto que as vacas têm dentro do galpão. Apesar de viverem confinadas, elas têm cama macia, ambiente climatizado, piso emborrachado e limpo, comida a vontade e não dependem do homem nem para aquela escovadinha nas costas. tópicos: Castro DO GLOBO RURAL

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